Clarins inaudíveis desceram do Céu
Em um pulsar de crepúsculos e auroras
Anunciando este dia setembrino
Que promete um luar de lua plena
Sobre as águas da Ponta Verde
Choverão as oreonidas em fogo de platina
E um Júpiter pingente
Encobrira Vênus e Saturno
Já não sei se ouvirei as estrelas
Ou se as loucas sereias
Que habitam a praia da Jatiúca
Nessa dupla possibilidade poética
Que ao poeta se entrega
Acender-se-ão aos poucos as noctilucas
E os coqueirais tocarão harpas
Moduladas pela brisa
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