Mês de Santana nas ruas povo procissão

Poesias

Por Marcello Ricardo Almeida

E noutro canto,
Em lugar ermo,
Corria o Tik Tok semiótico:
Vida frágil,
Frágil vida
Onde IA queria substituí-la.

Janeiro a dezembro repetiam-se
E se projetavam nas eternidades
No canteiro folhas e as formigas.
Breve sol da tarde, brevidade pia.
No cortejo às rosas, um jardineiro
Redizia a sua oração improvisada;
Era sobre vida, a brevidade vivida:

"Sol da tarde,
"Rosa de julho;
"O fim das rosas
"É sempre o entulho.
"Sol da tarde,
"Rosas de julho".

Ali, na biblioteca,
Lia na velha casa
Lenta lerda traça:
I a, p e r c o r r i a
L e t r a a l e t r a,
Palavra a palavra.
Lia, relia, habitava
O interior do livro.

Eram diferentes mundos,
E neste mesmo universo.

E percorro as suas ruas
Nesta tarde, 26 de julho,
Com vivas à Senhora Santana.

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