PARADOXO ENTRE O NOVO E O VELHO

Poesias

Por Lúcia Nobre

Nada encontro no baú. Prefiro coisas novas. As coisas novas possuem sabores provocantes, alegres, saudáveis. Com elas, rejuvenescemos e criamos alma nova, novo sabor de vida. O que ficou atrás ficará em paz. O que virá trará novas esperanças, novas formas de viver. Este é o ponto de encontro e desencontro do que se vai e o que há de vir. Não podemos esquecer que o novo sempre recebe a herança do velho. O velho que fez sua história, que construiu sua cultura, também se valendo de uma tradição. O novo não poderá construir sua história sem um alicerce. Vai buscar seu conhecimento lá na tradição que o outro construiu. Mesmo no Modernismo, que queriam tudo mudar. Buscaram a sabedoria do velho e a adaptaram ao novo. A história poderia ser destruída. O velho pai, em uma casa nova, deixou a mesa grande para que a família se reunisse. Assim, o passado não morreria. Os novos assimilariam a cultura dos antigos. Raízes perpetuadas. Os poetas possuem um arsenal cultural para criar sua literatura. Uma literatura sem tradição é como um destino sem história.

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