Dizia que o Barroco era abarrocado
E possuía alambiques a mancheias
Como se o Barroco não fosse verbal
Qual fim do carnaval de um trôpego
Cada ébrio imprimia o estilo prolixo
Numa garrafa de cachaça pomposa
Bebia expressões e vomitava tédio
Suas imagens ridículas e confusas
Com pretensão dizia compreendido
Se rebuscasse afetação à exaustão
E se se sentisse seguro na imagem
Nos paradoxos e nos jogos mentais
Barroco súbito entrava em parafuso
Com piruetas abundantes e abissais
O BARRACO DO BARROCO ÉBRIO
PoesiasPor Marcello Ricardo Almeida 02/06/2024 - 19h 22min

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