Sempre soube que as grandes palestras proferidas através dos tempos têm o poder de inspirar, educar e transformar a sociedade, pois desde a antiguidade até os dias atuais, muitos oradores brilhantes deixaram legado duradouro com suas palavras, abordando questões filosóficas, políticas, científicas e sociais.
Recentemente em mais um épico momento oferecido à comunidade literária da nossa terra, aconteceu na Casa Jorge de Lima, sede da Praça Sinimbu, preleção proferida pelo mestre Marcos Bernardes de Mello, um grande homem, em todos os seus requisitos.
E então ali integrado aos ouvintes, encantado com a forma segura que discorria sobre a vida e obra de seu conterrâneo, um dos maiores estudiosos do planeta na área jurídica, Pontes de Miranda, sem esforço algum, mantendo o público engajado e atento, facilmente o comparei ao campeão olímpico, que de forma rítmica mantém o bambolê girando em sua cintura, com maestria e sensibilidade, sempre permanecendo em fina sintonia com o objeto de controle.
E enquanto durava sua fala, cada vez mais solidifiquei no pensar, a imagem do mestre Bernardes de Mello, enxergando-o como alguém não somente inteligente, mas também inspirador e envolvente.
Inteligente a ponto de possuir verdadeira combinação de características que incluem curiosidade insaciável, pensamento crítico e capacidade de ver além do óbvio, dominando de forma única o dom da comunicação, ajustando sua abordagem de acordo com o contexto e plateia.
Inspirador o suficiente, por ter tido capacidade de coletar insumos do passado, para fazer os espectadores, enxergarem o homenageado não somente vivo e atuante, mas muito além do presente.
Envolvente o bastante, por possuir presença cativante e a aptidão de deixar impressão duradoura nas pessoas ao seu redor, distribuindo carisma suficiente e habilidade natural para conectar-se com seus semelhantes, detendo inclusive a expertise de fazê-los se imaginarem figuras centrais no evento que lidera, e em todos os instantes de sua fala, sempre a exalar autenticidade, confiança e credibilidade.
E finalmente, conhecendo-o já há bastante tempo, não êxito de o considerar amigo, verdadeiro ouvinte sempre atento e solidário, pronto a oferecer palavras de conforto quando necessário.
Esse é em minha ótica, Marcos Bernardes de Mello, Grande Mestre.
GRANDE MESTRE
CrônicasPor Alberto Rostand Lanverly Presidente da Academia Alagoana de Letras 02/06/2024 - 18h 28min
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