Havia, pois, moedas nos olhos.
Permitissem a Caronte navegar.
E o que dizer de vocês,
academias de letras,
em bancos escolares?
Entre escritores alagoanos,
Oscar Silva relembrado foi.
Trovoavam caixas de livros;
ei-las diante de bibliotecas
vivas já nas mãos do povo.
Ora transfazia a velha época,
e o pai de Capitu na rede relia.
Luz de candeeiro acesa
lendo letras na academia
sobre e não sob a mesa;
e nas academias fabulava-se
fim do apagador de lampiões;
e no diálogo com Lêdo Ivo,
poeta alagoano, em 2003,
filme gravado naquele ano;
nós, escritores alagoanos,
lembrando Breno Accioly.
O diálogo há 20 anos. Lêdo Ivo
disse "...na Estação Rodoviária",
ouviu os versos sobre Santana.
Havia colheita literária no município.
Academia de letras o povo nutria-se.
Silêncio era tão só livros que dormiam;
deixasse a leitura dormir sono de livros;
e não os acordasse por agora silêncio.
Nem Comala nem Macondo,
vida era melhor em Santana.
Literatura aos bancos escolares,
e voo a Yoknapatawpha Country.
Tinta na pena do velho Cervantes.
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