À gente passa apressada
no vai e vem da travessia
manhãs frias ou calorosas
refletem o real do dia a dia.
Nas largas ruas de Jatiúca
dormem meninos e jovens
das calçadas fazem camas
dos papelões seus lençóis
as ruas e eles profanam-se.
Claro dia prosaico persiste
na emoção de quem passa
tudo se repete e mais triste
o tempo passou à esmo
nada se fez e nada persiste.
Entregues à claridade solar
nas manhãs quentes de verão
inertes aos pensamentos obtusos
dos transeuntes efêmeros e vãos.
Na manhã de pleno dezembro
amigos ou irmãos a conversar
no mesmo lugar e na calçada
eles acabaram de acordar
um falava e à gente passava e ouvia:
“enquanto há vida há esperança”
DEZEMBRO
PoesiasPor Lúcia Nobre 05/12/2022 - 21h 15min

Poetisa Lúcia Nobre
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