MANÉ VALENTE

Poesias

Por Remi Bastos

Conheci Mané Valente
No sertão de Olivença
Caboclo bom, destemido,
Não fugia do perigo
Nem guardava malquerença.

Com sua meia estatura
Barba fechada e bigode,
Seu olhar era um pedido
Encarava o inimigo
Dentro ou fora de um pagode.

Vaqueiro bom de primeira,
Bom no laço e no facão
Enfrentava uma gangue
Não tinha medo de sangue
O seu lema era a razão.

Eu vi o Mané Valente
Certo dia em Ouro Branco
Bater em quatro na feira
Que sumiram na carreira
Deixaram até o tamanco.

Do seu velho chapéu de couro
Eu lembro-me vivamente,
O seu jeito de andar
E do facão carregar,
Só mesmo o Mané Valente.
Aos leitores destes versos
Quero apenas informar,
Sm querer dizer besteira
Esta é uma brincadeira
Que eu fiz com o Capiá.

Remi Bastos
Aracaju/SE, 31/10/2015.

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