Conheci Mané Valente
No sertão de Olivença
Caboclo bom, destemido,
Não fugia do perigo
Nem guardava malquerença.
Com sua meia estatura
Barba fechada e bigode,
Seu olhar era um pedido
Encarava o inimigo
Dentro ou fora de um pagode.
Vaqueiro bom de primeira,
Bom no laço e no facão
Enfrentava uma gangue
Não tinha medo de sangue
O seu lema era a razão.
Eu vi o Mané Valente
Certo dia em Ouro Branco
Bater em quatro na feira
Que sumiram na carreira
Deixaram até o tamanco.
Do seu velho chapéu de couro
Eu lembro-me vivamente,
O seu jeito de andar
E do facão carregar,
Só mesmo o Mané Valente.
Aos leitores destes versos
Quero apenas informar,
Sm querer dizer besteira
Esta é uma brincadeira
Que eu fiz com o Capiá.
Remi Bastos
Aracaju/SE, 31/10/2015.
MANÉ VALENTE
PoesiasPor Remi Bastos 07/11/2022 - 19h 47min

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