LITERATURA ROMANTISMO E MODERNISMO

Poesias

Por Lúcia Nobre

No romantismo Gonçalves Dias poetiza a natureza sem a preocupação com sua destruição. Longe de sua terra, com saudade, inspira-se.

Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá
As aves que aqui gorjeiam
Não gorjeiam como lá
Nosso céu tem mais estrelas
Nossas várzeas têm mais flores
Nossos bosques têm mais vida
Nossa vida mais amores

Os modernistas preocupam-se com problemas que acontecem em sua terra. Também, longe, Oswald de Andrade parodiou Canção do exílio de Gonçalves Dias com Canto de regresso à Pátria

Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá

Os poetas contemporâneos aclamam a natureza e se preocupam com sua integridade. É um objetivo do modernismo não abandonar os valores de uma época, e sim, construir o presente sem jogar fora o passado. Fez assim, Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, representantes da vanguarda modernista dos anos 20. Mais ainda, fez Carlos Drummond de Andrade, viveu as duas épocas. Foi poeta do romantismo e do modernismo. Remi Bastos, poeta santanense, faz mais ainda em nossa contemporaneidade.

Poetiza a natureza de sua cidade natal, dando asas a sua imaginação. Para o poeta, a natureza será sempre preservada. “As canoas costuram o Ipanema numa viagem recheada de suspense”.

Comentários