Ascende-me porvir inebriado!
Sopra esta nostalgia contagiante,
Retórica que busca no passado asas,
Meio a gardênias, que na infância me libertaram.
Pudera esvoaçar uma rede de algodão doce,
Como outrora pegara borboletas ilusórias,
A selecionar sonhos dentre tantas meigas lembranças,
Providos de plumas na seara do coração, a passar férias.
Não para em mostruário de transparência duvidosa,
Aprisioná-los solitários,
Expostos a chuva e vento do tempo perdulário,
Mas para iluminar a gravura do amor rupestre,
Em meu peito intacto,
Meio a espessa neblina desta floresta de pedra,
Sem perfume de rosas que me intima não revelá-lo.
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