Certa feita, vindo eu de um dessas minhas andanças pelo interior de minha paróquia, surpreendi-me com um magote de crianças à frente de meu automóvel. Eis que elas corriam, corriam pressurosas sem nada temer. É que elas acabava, naquele momento de ser libertadas de suas aulas. Portanto, para suas casas elas corriam felizes.
Sem saber o nome delas, só sei que umas eram brancas, outras pardas, outras negras, outras gordas, outras magras. Bom, não importa sua cor, raça, ou traços físicos, o que importa é o potencial que sem bem saber carregam consigo. Potencial de esperança, de progresso, de futuro, para uma pátria combalida, que como mãe gentil, tanto espera de seus filhos, mesmo em terna idade, mas que muito prometem. São, pois, crianças de futuro e para o futuro, assim Deus também lhes favoreça.
De mim para comigo mesmo eu dizia: quem são aquelas crianças que correm e correm felizes? Seus nomes eu não sabia, só me conscientizei que nelas estavam o progresso e o futuro do Brasil. Assim sendo, não era um ajuntamento de crianças que se ia apressado, mas sim o Brasil e o seu progresso que das pernas daqueles pequenos se servia para acelerar o seu futuro. Assim corriam aqueles pequenos; lépidos feitos Borreguinhos, como que a dizer: avança Brasil! Tu, não podes parar! Pois, estamos contigo.
E eu olhava e animado dizia: corre, corre, meu país, corre, corre meu Brasil, em busca de tua prosperidade e de dias melhores para os teus filhos, filhos que não temem nem a morte e que da luta renhida jamais fogem. São filhos bravos estes teus filhos, é gente brava essa gente brasileira.
Aqueles meninos portam e portam o futuro de Santana do Ipanema, de Alagoas, do Nordeste, do Brasil. Eles são tudo isso e mais um pouco. Portanto, continuem a correr e a voar, quem sabe, aprendizes da esperança!nos campos colher as sementes de uma nova civilização, a civilização do amor e da Cultura da Paz.
Santana do Ipanema, 04/01/2014
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