DUAS CAIXINHAS MANHOSAS

Poesias

Remi Bastos

Dois celulares idênticos
Dois aparelhos que falam
Dois radinhos que incomodam
Dois mudinhos que não se calam.

Dois bichinhos pontuais
Dois leva-e-traz bem ligeiros
Duas caixinhas manhosas
Dois “bobônicas” fuxiqueiros.

Dois telefones de bolso
Duas TVs coloridas
Dois canais que ver o mundo
Dois “fio de raparigas”.

Duas coisas desajeitadas
Dois objetos baratos
Duas relíquias sem preço
Duas doenças do rato.

Duas máquinas fotográficas
Dois pestes que faz sorrir
O primeiro é de João do Mato
E o segundo é de Remi.

Aracaju/SE, 10/01/2014.

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