Recentemente estive em Caicó no Rio Grande do Norte participando de uma festa, a convite do Dr. Luiz Cândido, Juiz de direito daquela cidade. Era seu aniversário. Foi um grande evento, realizado no Clube do Tiro, nas cercanias do município. Participação efetiva dos irmãos maçons daquele oriente e das autoridades locais, como o prefeito, juízes, e outros cidadãos. Situada na região semiárida da ribeira do Seridó com aproximadamente sessenta e cinco mil habitantes. Calor de lascar, pois está bem próxima da quente Patos na Paraíba, e está a cento e sessenta e cinco metros acima do nível do mar.l Possui uma enorme represa que nunca secou, e abastece a cidade, grande produtora de frutas e legumes na área. Cidade muito movimentada e uma das principais do Estado. Pessoas simples, educadas e prestativas. Gente boa. Achei muito parecida com Santana do Ipanema.AL, inclusive sua padroeira é Nossa Senhora Santana e a festa ocorre exatamente no mês de julho. O novenário á bastante frequentado pelos habitantes e a festa é muito concorrida.
Reside na cidade um cidadão apelidado de Barrão da Rio Branco. Cuidado, não se trata do Dr. José Maria da Silva Paranhos Júnior, nascido no Rio de Janeiro, já falecido, o famoso Barão do Rio Branco. É diferente.
Vamos esclarecer melhor, segundo informações dos amigos de lá: Trata.se de um tipo de baixa estatura, gordo, barriga proeminente, branco, de rosto arredondado e buchechudo. Daí o apelido. Agora, é bruto que nem canto de cerca ou os pés da burra como diz Mução de Natal. Pega mais ar do que os dirigíveis no século passado. Quer ver a peste não o chame de Barrão. O cara é comerciante do ramo de restaurante e bar na cidade, localizado na Rua Barão do Rio Branco. Dizem que é muito freqüentado, pois oferece boas comidas e bebidas variadas.
Pois bem. Veja o ocorrido. Num canto do restaurante, que por sinal, naquele momento estava bastante calmo, surge uma discussão parecendo mais como uma briga. Nisso o proprietário se dirigiu para a área, já portando uma faca peixeira e foi averiguar o barulho, pois a casa estava cheia. Não ficava bem. Quando perguntou o que era aos berros, o cliente fora explicar que o garçom estava cobrando uma cana a mais e ele não pagava de jeito nenhum, dizendo isso como o dedo em riste e no final acrescentou, não estou certo seu BARRÃO?
Nisso o Barrão se enfureceu dizendo: Barrão é a puta que te pariu, filho de uma égua. Primeiro pague a conta e depois puxe por aqui e não venha pra cá nunca mais, seu cabra safado, pois da próxima vez vou usar isso, apontando.lhe a doze polegadas e batendo com a lâmina nos peitos do reclamante.
Carvalho, José de Melo
Maceió, março de 2013.
Comentários