A Alma do Prédio (*)

Outras Peças Literárias

Pe. Adalto Alves Vieira

“Os prédios têm almas. Há prédios espirituais, culturais, de hospedagem, diversão, repouso, serração e saúde. Todos com sua história.” (Mons. João Leite)

As reverendas irmãs holandesas, Dona Terezinha e caríssimos irmãos e irmãs, foram e ainda são como que a alma deste templo da Sagrada Família. Muito embora, não estejam fisicamente entre nós, mas sua memória continua viva na história da nossa gente, na memória de nosso povo. Esta Igreja continua a falar e muito delas; tem para muitos o rosto delas, a alma delas, isto é, a vida delas.

Esta Igreja, além de ser uma igreja estacional, foi o lugar, onde aquelas grandes religiosas vinham, reconfortarem-se pela oração da Liturgia das Horas, para prosseguirem suas fainas diárias e poderem fazer tanto em prol da nossa população, sem qualquer acepção de pessoas, não obstante ser o trabalho delas voltado à população mais carente.

Pois bem, povo Santanense, meus paroquianos queridos, este Templo Sagrado, agora reformado, depois de oito meses e dez dias de trabalho é agora entregue a vocês. Como nos tempos pretéritos e nos dias de antanho, será Casa de Oração. “Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (Is 56, 76), isto diz o Senhor Deus em relação ao Templo de Jerusalém, construído pelo sábio Rei Salomão.

Como Salomão orou depois da dedicação do Templo, faço minhas as suas palavras em forma de prece: que o Senhor Deus, na sua bondade, lá dos Paços Celestes onde reside, se digne morar, outrossim, neste lugar, tornando-o santo pela sua presença. Que o seu Santo Nome resida aqui. Que Ele, como deus bondoso e Pai, que de seus filhos nunca se esquece, escute a súplica de mim, seu servo indigno, e de todo o povo que o invocar com fé e sinceridade de coração, quando aqui se encontrar e a ti se dirigir, neste recinto sagrado. “Escuta-os, Senhor, do alto de tua morada no céu, ouve-nos e perdoa-nos” (1Rs 8, 29-30)

Agora, dirijo-me à população Santanense para de coração dizer o quanto estou grato por tudo, pelo pouco e pelo muito que cada um, de coração, pôde ofertar, para hoje podermos vislumbrar a beleza em que se tornou esta casa Santa para todos nós, povo de Deus. Por tudo, meus paroquianos, obrigado, obrigado. Que Deus os recompense! Aos amigos da Holanda, que continuam a olhar-nos bondosamente, nossa gratidão. A você Dr. Roberto Tadeu, que nos acompanhou como verdadeiro mestre de obras, obrigado por sua paciência, orientação e abnegação no tocante a esta obra que se concluiu, mas, que foi se processando sob sua orientação: Deus lhe pague. A você o meu reconhecimento e obrigado.

Ao coral da junção que nesta Virgília da Assunção de Nossa Senhora aos Céus, abrilhantou tão bem este pontifical, fazendo-nos, elevar e enlevar-nos a Deus, pela beleza do canso Sacro, obrigado de todo coração.

Àquele que é o Pastor desta porção do Povo de Deus, que é a Igreja Diocesana, que está em Palmeira dos Índios, nosso Pai na fé: Dom Dulcênio Fontes de Matos, por hoje, através deste pontifical, quando dedicou e consagrou o altar da Eucaristia, tornando-o ara, pedra do sacrifício e mesa consagrada ao Senhor, em nome de todos os que compõem esta paróquia, este Solium Santanense, a minha também imorredoura gratidão. Que o bom deus, pela intercessão da Virgem e Senhora do Amparo, lhe conceda muita luz para guiar o seu rebanho.

(*) Discurso de Agradecimento pela conclusão da reforma da Igreja Sagrada Família proferido pelo Padre Adalto Alves Vieira. Santana do Ipanema-AL, 20 de agosto de 2011.

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