Riacho camuxinga,
estrada dos que já não passeiam,
córregos que já não mais assoviam.
Riacho camuxinga,
sem tem mais para onde ir,
fica babélico em suas enchentes,
já não mais nos acorda com tua zoeira.
Riacho camuxinga
Inspiração dos nativos,
morada dos poetas,
agora nauseabundo, és pousada dos abutres.
O que fizeram com tuas águas?
Foram os homens ingratos,
em meio a caterva,
estavam os que diziam teus filhos.
Riacho camuxinga,
Agora só no papel e o lamento,
entre os pacóvios,
só lhes resta os poetas.
Riacho Camuxinga,
destino igual de muitas memórias,
ficas agora ,decrépito em tua cidade,
esperando a tua hora.
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