Hoje, rebuscando arquivo de textos usados quando reúno pessoas para pequenas oficinas de humanização, reflexão, encontrei um de autoria desconhecida que me fez refletir bastante. Socializo esta reflexão com vocês leitores amigos.
No corre-corre do cotidiano quantas vezes permanecemos na mesmice insalubre de não valorizar pequenas coisa, pequenos atos. Para nosso imediatismo e dificuldade de acreditar parece valer mais as coisas grandes, complicadas e complexas.
Quantas noites enluaradas não são percebidas por nossos olhos, que parecem míopes à tamanha beleza e generosidade do Criador!
Quantas manhãs, com um sol maravilhoso e saudável a se estender sobre nossa região, com uma brisa suave a prometer um dia iluminado a oportunizar-nos novas experiências, passam também indiferentes à nossa atenção!
Damos uma pausa e vamos a parte do texto enfocado no início de nossa reflexão...
“Charles Plumb, era piloto de um bombardeiro na guerra do Vietnã. Depois de muitas missões de combate, seu avião foi derrubado por um míssil. Plumb saltou de pára-quedas e foi capturado passando seis anos numa prisão norte-vietnamita. Ao retornar aos Estados Unidos, passou a dar palestras relatando sua odisséia e o que aprendera na prisão. Certo dia, num restaurante, foi saudado por um homem: -Olá, você é o Charles Plumb, era piloto no Vietnã e foi derrubado, não é verdade? - Sim, como sabe? Perguntou Plumb. –Era eu quem dobrava o seu pára-quedas. Parece que funcionou bem, não é verdade?
Plumb quase se afogou de surpresa e como muita gratidão respondeu: Claro que funcionou, caso contrário eu não estaria aqui hoje.
Ao ficar sozinho naquela noite, Plumb não conseguia dormir, pensando e perguntando-se: - Quantas vezes vi esse homem no porta-aviões e nunca lhe disse Bom dia? Eu era um piloto arrogante e ele um simples marinheiro. Pensou também nas horas em que o marinheiro passou humildemente no barco enrolando os fios de seda de vários pára-quedas, tendo em suas mãos a vida de alguém que não conhecia.
Agora, Plumb inicia suas palestras perguntando à sua platéia: -“Quem dobrou teu pára-quedas hoje?”
Todos nós temos alguém cujo trabalho é importante para que possamos seguir adiante. Precisamos de muitos pára-quedas durante o dia: um físico, um emocional, um mental e até um espiritual.
Às vezes, nos desafios que a vida nos apresenta diariamente, perdemos de vista o que é verdadeiramente importante e as pessoas que nos salvam no momento oportuno sem que lhes tenhamos pedido.”
O autor tem razão, a dura realidade merece de nós uma profunda reflexão.
Estamos, motivados por justificativas frágeis, deixando de exercitar o companheirismo, a gratidão, o elogio. E assim, vamos nos desumanizando a cada dia. Entretanto ainda podemos reverter o quadro.
Afinal uma pergunta: Para quem você vai abrir o seu pára-quedas hoje?
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