Certamente o imediatismo não fazia parte do cotidiano de nossos pais. Aprenderam eles com nossos avós que deviam plantar jabuticabeiras, jaqueiras e outras mais. E assim sendo, graças a essa forma de pensar e de agir deles, hoje nós podemos saborear esses deliciosos frutos. A simbologia utilizada nos levará a compreender melhor o objetivo de mais uma reflexão.
“A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”, ensina o Evangelho de Jesus. “Quem semeia ventos colhe tempestades”, lembra a cultura popular. Ensinamentos esses que evidenciam leis como “livre arbítrio”, “ação e reação”.
Rememorando o formato da “educação doméstica” aplicada por nossos pais somos levados a concluir a existência de uma metodologia familiar alicerçada na força do exemplo. É certo que em muitos casos havia radicalismo,medo, mas a verdade era que plasmava-se no ambiente familiar valores intrínsecos do que traduzia “um homem de bem”.
Vezes muitas veríamos nossos avós ou tios mais idosos a se entreterem executando ações cujas conseqüências certamente eles não alcançariam: adquirindo bens, plantando fruteiras cuja floração ocorreria a médio e longo prazos...semeavam eles para outros colherem certamente.
E seguindo essa forma de viver, eles viviam sem pressa! Assim sendo saboreavam melhor o fruto de cada dia. E viviam com tamanha intensidade que deixavam marcas. Quantas vezes ouvíamos na comunidade referências iguais a estas: “ele é filho do Sr, fulano de tal, um homem de bem”! E logo, logo seus nomes apareciam nos frontispícios de colégios, praças, etc.
Havia lazer naquele tempo? Pode perguntar alguns jovens de hoje. Ah, e como havia! Muitas festas e diversões que fizeram história, ultrapassaram fronteiras! Romances, intrigas, paixões e aventuras..ah como aconteciam!
Entretanto o que nos leva a refletir: é o viver coletivo, o pensar no outro, a ausência da pressa, o respeito ao próximo e à natureza!
Certamente nossos pais plantavam jabuticabeiras, jaqueiras e tantas outras mais!!!
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