MEU TESOURO, MINHA VIDA

Reflexões

Maria Aparecida Silva dos Santos

Certo homem passou a vida inteira juntando bens materiais, construiu casas, comprou fazendas, carros, apartamentos, comprou jóias, juntou prata e ouro. E nessa busca estressante pela caça aos tesouros terreno, não tinha tempo para viver nem para perceber as necessidades dos seus próprios filhos.
O rico homem tinha pobres filhos carentes do seu afeto, do seu olhar paterno carinhoso, carentes de palavras amigas e conselheiras.
Aquele pai caçador de tesouros não conseguia enxergar que os seus bens mais valiosos eram os seus filhos. Então, nunca parou para refletir sobre a seguinte questão: qual o valor da riqueza material ou espiritual quando não é compartilhada?
O pai doutor, dentista, mecânico, professor, agricultor, empresário ou pedreiro, não importa a função que exerça, antes de ser profissional ele precisa saber ser PAI. As prioridades da vida deixam de ser suas próprias realizações para dividi-las com os seus verdadeiros bens.
Então, aquele homem bem sucedido morreu e nada levou de tudo o que construiu materialmente. Suas riquezas perderam o valor, pois nenhum dos seus baús de pérolas, ouro, prata ou diamante possuía a grandeza do amor dos seus filhos, que o amava incondicionalmente.
Seus filhos choraram a perda de seu amado e distante pai. Apertavam as suas mãos, beijavam-lhes o rosto, cariciavam os seus brancos e sedosos cabelos...
Com certeza, nesse momento, se aquele senhor pudesse acordar, diria: meus filhos, meu tesouro, minha vida.

Comentários