UMA BRIGA NO GRUPO ESCOLAR PADRE FRANCISCO CORREIA

Histórias Engraçadas

Fábio Campos

Por conta de um trabalho acadêmico de pesquisa, do curso de Biologia que fazemos na UNEAL, tive que voltar ao velho Grupo Escolar Padre Francisco Correia. Foi uma experiência incrível. Convido você que um dia estudou naquela escola, e que à muito não entra lá, faça o mesmo. Volte. A primeira impressão que temos é que tudo encolheu. Lá na infância, tudo parecia tão grande: O pátio, as salas, enfim tudo.
Veio-me à lembrança, algumas professoras, a quem graciosamente e por respeito, atribuíamos o pronome de tratamento: Dona. D.Laura Chagas, D.Jarina, D.Aracy e D.Terezinha Carvalho, D.Maria de Dóta, D.Dione, D.Carmem Azevedo, D.Marinalva Cirilo, D.Naray, Márcia Telma e tinha D.Marinita a Diretora.
Ao circundar o oitão do prédio vieram-me lembranças das brincadeiras do tempo de menino. Entrei no túnel do tempo. E lá estávamos nós: Um meio cento de meninos, mais ou menos. De repente alguém grita:
-Ói a briga!-Ói a Briga!
De fato, dois dos que estão ali, se preparam para um “duelo”. São dois primos: Gervásio Carvalho irmão de Juarez e Miltinho irmão de Marcos Davi (Nêgo Índia). Logo são cercados pelos “perus” que incentivam:
-Vai! Vai!
Gervásio está de posse de um pedaço de pau e vai com ele atacar seu primo. Investe alguns golpes, seu oponente esquiva-se. Alguém reclama:
-Assim é covardia! Solta o pau! Solta o pau!
Gervásio pára. Escolhe Ciro Cícero, o maior maloqueiro da rua da praia, e pede que ele segure o porrete. Todos estão ávidos pelo início da contenda, inclusive Ciro, que se prontifica a segurar o cacete. Daí vem o desfecho: O pedaço de pau está melado de merda, na ponta em que Ciro é obrigado propositadamente a segurar. Não era briga coisa nenhuma, tudo armação. E todos se diverte enquanto a vítima arranja um jeito de limpar-se.
 
Santana do Ipanema, 26/06/2009

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