Vixe que vexame!!!! Não podendo há época comprar passagem de avião, La vai o rapaz de “Buzu” aquele amarelinho da Itapemirim, saiu de Maceió as 20h00minh, rodou a noite toda, pois quando passava no sul da Bahia encontra uma manifestação da população ribeirinha da BR 101, pois ocorrera um grave acidente com moradores daquela localidade, pneus, mato, gente, fogo, grito de ordem etc., resumindo passou-se cerca de seis horas de interrupção e um engarrafamento de 15 quilômetros, inúmeros carros no sentido sul e norte, chega policia e mais policia e nada resolve, então veio à chuva e ameaça apagar o fogo, logo é reposto mais lenha, mais pneus e um tumulto generalizado, porém depois de muito dialogo por parte da Policia Rodoviária Federal o mediador do conflito consegue abrir uma das pistas e assim La vai o matuto seguindo viagem rumo a São Paulo, não conseguindo baldeação na cidade de Feira de Santana ele teve quer seguir pela rota do Rio de Janeiro, chegando lá após trinta e oito horas de viagem, há! Que cidade linda é o Rio de Janeiro, o matuto já com os mocotós inchados ficou com vontade de ficar na cidade maravilhosa, más seu irmão o aguardava lá em Sampa, então ele pega o primeiro “Buzu” que saía esse sim era um luxo só, ônibus de primeira linha, ar condicionado impecável, serviço de bordo, rodo moça, revista, televisão, “pense num luxo”, o matuto ficou deslumbrado, o lanche servido a bordo do Buzu era top de linha. Chegando a São José dos Campos o matuto finalmente reencontra seu irmão “Carrinho de Zé Soares”, o matuto agora queria ser gente, pois fora fazer implante de dente, só não contava que dessa vez a cirurgiã dentista que o atendera da outra vez estava lá aguardando por ele, não é que a danada na primeira cirurgia ao fazer o procedimento enganchou uma broca no osso maxilar do matuto, foi preciso o cirurgião Professor interagir e resolver o problema, dessa vez o matuto tremeu nas bases, porem ele não é de goga e criou coragem e sentou novamente na cadeira pra doutorinha mexer nos seus dentes, o motorzinho da dentista zuava, o matuto tremia, e a broca fazia um rombo na maxilar do matuto, lá pras tantas não é que a doutorinha deu mais uma cagada, dessa feita quebrou foi um pedaço do osso em sua intervenção, La vez novamente o cirurgião professor corrigir o problemas, por certo ou o osso do matuto era muito duro ou a doutorinha não tinha força suficiente para a realização da cirurgia, passado o fato, volta o matuto pra casa e se recupera da cirurgia a que se submeteu quando o seu irmão resolve voltar de automóvel com o matuto pra sua cidade natal, isso era o dia 23 de junho de 2008, no dia anterior reuniu-se com seus familiares em Sampa e degustou um delicioso churrasco de carne moída, pois não tinha dentes suficientes para mastigar um churrasco gaucho. Inicio da volta o matuto acorda cedinho do dia cerca de três horas da manhã depois de toda arrumação do veiculo, bagagem e etc., saíram de São José dos Campos o Matuto, seu irmão Carrinho de Zé Soares e sua esposa Ivanilda, pega a rodovia Dutra e pisa forte no acelerador, ao amanhecer estávamos atravessando a ponte Rio Niterói, foi aquele aperto, finalmente retornávamos pela famigerada rodovia BR 101, veio Campos dos Goitacázes, divisa do Rio com o Espírito Santo e tome estrada, anoiteceu e ai é que o matuto não esperava, antes de parar para o descanso programado para a cidade de Teixeira de Freitas, cerca de quinze quilômetros numa fatídica curva nosso carro deixou de ser carro e virou avião, pense num voou bonito, caímos em um precipício de mais de oitenta metros, o carro foi pro beleleu, o Carrinho quebrou o dedo midinho, Ivanilda com algumas escoriações e o matuto quase se lascou, quebrou o espinhaço, quebrou a vértebra L1 em quatro pedaços, foi socorrido pela Policia Rodoviária de Teixeira de Freitas, após os primeiros socorros e exames foi transferido para Maceió pela “DOA SAMU” serviço aéreo da PRF em convenio com o sistema SAMU do Recife, o matuto que tanto queria andar de avião agora estava totalmente imobilizado voando de helicóptero, foi uma viagem tranqüila de seis horas de vôo, com escala para abastecimento em Porto Seguro e Salvador, aterrizou no corpo de bombeiros de Maceió, e foi levado pelo resgate da PRF sob os cuidados do Insp. Soares, “Alessandro Soares Oliveira” sobrinho do matuto. O matuto hoje se recupera das cirurgias realizadas em sua coluna, com implantes agora não de dentes, mas de quatorze parafusos e duas placas de titânio, graças a Deus o matuto escapou com vida dessa jornada, e até agora o matuto não viu os dentes implantados, será quando que o matuto vai mastigar satisfeito????.
O matuto dessa historia nada mais é que o escritor dessa narrativa, o Xogoió.
Jose Antonio Soares Campos
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