2.009, E O ENIGMÁTICO NÚMERO 9

Crônicas

Antonio Machado

“A escada da sabedoria tem os degraus feitos de números”
Blavaty

Os número sempre foram incógnitas para os homens de todos os tempos, haja vista serem infinitos. Jesus fez uso deles, ao escolher os doze apóstolos, ao fazer a multiplicação dos pães, enfim, os números têm acompanhado a vida da humanidade em todos os aspectos.
Estamos no limiar de 2.009, o numeral 9, é cabalístico e enigmático, conforme os estudiosos dessa área. Santo Agostinho dizia: “Faz-se mister ao homem não desprezar o valor dos números”. Não pertenço à área dos adivinhos e nem dos cabalistas, escrevo por dever de profissão, o mesmo diletantismo. Nas eras antigas, o número 9, era visto com certa indiferença por Jesus ter expirado na nona hora, o mesmo número dentro do misticismo pitagórico, constituía-se o símbolo da fragilidade da vida, basta que vejamos que uma criança leva nove meses de uma gestação. No folclore, o número 9, correspondia o número das musas. É o número que Dante escolheu como básico em seu Divino Poema, que são: Clio, musa da História, Malpômene, musa da tragédia, Tália, musa da comédia, Euterpe, musa da música, Terpsícore, musa da dança, Erato, musa do poema, Calíope, musa da poesia histórica, Verânea, musa da Astronomia e Polínia, musa da retórica. Enquanto no Oriente, esse número era considerado como emblema das forças criadoras, e na Grécia, era propício ao trabalho do homem, e o considerava como o deus Marte. No ideário popular, o vate Afrânio Peixoto, assim falou do nove: “no tempo em que te amei/ não amei a mais ninguém/ amei a sete e a oito/ nove contigo, meu bem”.
No ano que se inicia, 2.009, espera-se muito dele, mas depende, sobretudo de cada um no seu lugar, não sendo necessário que, cruzemos os braços e esperemos que tudo nos chegue, isto é impossível, para isto, Deus nos deu inteligência e capacidade para sabermos discernir os valores que engrandecem o ser humano, e a sensibilidade para sentir o que denigre e atrofia a vida, o grande poeta Virgílio escreveu: “os número ímpares, 3, 5, 7 e 9, são prediletos de Deus”, então centrados nesses aspectos, cremos que o ano novo que se prenuncia será bom para todos. Das terras lusitanas, chegou ao Brasil esta trova tão bonita quanto bela: “ó que ranchinho de sete, / bem pudera ser de nove/ bem pudera que o rico/ repartir com quem é pobre”.
Mesmo diante das crenças e descrenças do número 9, o que se espera do ano que tem no seu final o cabalístico número 9? Não olhemos pelo negativismo, mas, sobretudo, com o olhar cheio de confiança independente de número ou números, porque tudo esta nas mãos de Deus, pois Jesus preceitua em São João: “Eu sou o Alfa e o Ômega”, e os teólogos traduzem dizendo que é o começo e o fim, daí, tudo ser regido pela vontade divina.

Comentários