“(...) a fim de que pelo mandamento o pecado se fizesse excessivamente maligno” (Romanos 7.13).
Há algo pior do que o pecado? Há algo que se possa dizer: “Isso ai é mais grave do que pecado?” Não existe! No entanto, as pessoas têm um conceito distorcido do pecado, não atribuindo a ele essa perversidade que tem, essa malignidade que carrega e o estrago que causa à alma humana.
O pecado é a enxada que cava nossas sepulturas. O pecado é uma fraude, pois promete prazer e paga com o desgosto. Faz propaganda de liberdade, mas escraviza. Levanta a bandeira da vida, mas seu salário é a morte. Tem um aroma sedutor, mas ao fim cheira a enxofre. Só os loucos zombam do pecado, riem dele e o praticam sem pensar nas consequências. O pecado é perverso. Ele é pior do que a pobreza, do que a solidão, do que a doença. O pecado é pior do que a própria morte.
Há algo de bom nas piores coisas do mundo e há algo nas piores coisas para torná-las elegíveis a nossa escolha em alguns casos; algo bom na doença, algo bom na morte. Entretanto, não há bem algum no pecado e nem pode qualquer situação no mundo fazer do pecado o objeto de nossa escolha.
Embora um pecado pudesse evitar a morte, ainda assim o pecado é universalmente mal e não há bem algum nele. Você não deve fazer uso do pecado a fim de evitar a morte.
Por isso vemos que quando o apóstolo Paulo se referia ao pior pecado, ele não encontrou nenhuma expressão pior do que esta para descrevê-lo em Rom. 7.13 "excessivamente maligno ". Ele o chama de excessivamente maligno - maligníssimo!
O pecado faz separação entre a alma e Deus: "mas as vossas iniquidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus" (Is 59:2), entre sua alma e a graça de Deus, entre sua alma e o conforto de Deus, entre sua alma e as bênçãos de Deus.
O mundo antigo foi submerso em água do dilúvio? Isso foi por causa do pecado. Sodoma e Gomorra foram destruídas com fogo, se transformando num lago de asfalto até o dia de hoje? Isso foi por causa do pecado. Jerusalém foi transformada em ruínas pelo general Tito Vespasiano? O pecado fez isso. Se continuarmos citando nunca se encontrará um fim.
O inferno é o mais terrível mal, todavia o pecado é pior do que o inferno em si. O inferno separado do pecado é somente miserável, não pecaminoso; um lugar punitivo, não um pecado em si.
Separe o inferno do pecado (embora não possamos fazê-lo, ainda podemos fazer uma separação intelectual, abstrair o inferno do pecado só em nosso entendimento), e então podemos dizer que que o pecado é pior do que o inferno, porque o inferno é somente um lugar punitivo, o pecado é um mal excessivamente maligno. Existe o bem na punição, o bem na justiça, mas não existe bem nenhum no pecado, portanto, o pecado em si é o maior mal.
Personagens da Bíblia passaram e se submeteram a sofrimentos para não pecar ou para evitar o pecado. Daniel estava contente ao ser atirado na cova dos leões, os três jovens no fogo da fornalha de Nabucodonosor, Paulo e Silas nos troncos. Isso aceitaram para não pecar. E muitos filhos de Deus escolheram prisões, estacas, fogo, e as mais ardentes perseguições em vez de pecar, o que claramente evidencia para nós que consideraram ser o pecado o maior mal.
Em relação a Moisés diz o escritor que "escolheu antes ser maltratado com o povo de Deus do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado”. (Hebreus 11.24-28). Quando os cristãos na época dos imperadores eram ameaçados a negar a Cristo e voltar ao paganismo, eles respondiam: “O imperador nos ameaça com a morte, mas o meu Cristo me ameaça com o inferno”.
O pecado é a causa, a consequência, o responsável por tudo. Todos os males têm origem no pecado. O pecado é um mal protuberante e todos os outros males provêm dele. Alguns se manifestam sobre os seus corpos: doenças, dores, temores, enfraquecimentos. Outros sobre suas almas: medos, corações feridos, terrores, horrores. Se você pudesse rasgar o pecado, encontraria tudo isso habitando no interior do menor pecado.
Quer saber de uma coisa? O pecado foi o fundador do inferno, aquele que assentou a pedra angular da câmara mortuária das trevas, pois antes do pecado não existia inferno. E ainda, foi o pecado que edificou o inferno e o tem equipado com aqueles tesouros e riquezas da ira, fogo e enxofre. E não somente isso, entesoura ira para o dia da ira (Rom. 2:5).
Portanto, sendo um mal universal, um mal católico, o útero dos males e a causa de tudo, é o maior mal.
Assim, pensando nestas coisas sérias, não deveria você evitar o pecado e se voltar para Deus?
Pense nisso!
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