O JULGAMENTO CORRESPONDE ÀS OBRAS – PARTE VII

José Vaneir Soares Vieira

“...o Juízo é de Deus” (Deuteronômio 1.17)

O ensino exposto no Novo Testamento é de que o julgamento será de acordo com as obras (Mateus 16.27; Romanos 2.6; Apocalipse 22.12). Jesus diz àqueles que estão para herdar o Reino: "Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me; Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e fostes ver-me". Tudo isso é explicado com as seguintes palavras: "Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes."

Quando a Bíblia fala de salvação eterna da alma ela fala que "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios 2.8,9). Não há salvação por obras, atos de bondade ou qualquer outra coisa que o ser humana venha fazer. Salvação é pela graça de Deus mediante o arrependimento do ser humano.

No entanto, quando se trata do julgamento do ser humano a Bíblia diz que ele se fará pelas obras praticadas quando em vida no mundo. Cada obra, cada pecado, cada ato, cada palavra que se fez na Terra será prestado contas a Deus, o Juiz de todos os homens. A Bíblia fala dos homens sendo julgados pelas coisas escritas nos livros: "E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante de Deus, e abriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras." (Ap 2.12).

Quando se vê no mundo os homens sendo irresponsáveis em suas práticas, atos e obras, se pensa que esses atos sendo impunes pelos próprios homens ou pela justiça humana, quando nada é punido aqui, ou escondido pela esperteza humana, devemos pensar que nada se esconde aos olhos de Deus e que o julgamento Dele se fará com base no que as pessoas fizeram ou deixaram de fazer no mundo, quando foram omissos. O julgamento corresponde às obras ou segundo as obras. Jesus diz a respeito: "Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo." (Mateus 12.36).

Veja, o julgamento tem como base as obras feitas, os pecados praticados, mesmo uma palavra fútil, impensada ou ociosa. Se se dará contas das palavras, imagine as obras dos homens!

Isso não deveria levar os seres humanos a pensar em suas vidas como Deus? Não deveria deixar as pessoas apavoradas, temerosas diante do Criador de todas as coisas? Ora, um homem treme diante a possibilidade de ser condenado por um juiz humano a uma pena de reclusão de 15, 20 ou 30 anos, de ser recolhido a um presídio e passar alguns anos por ter cometido um crime qualquer. No entanto, esse mesmo homem não tem qualquer temor de ser condenado por o Juiz de todos os homens: Deus. Ele vai condenar os homens não salvos a uma pena ETERNA; não será uma pena de 30 anos, 100 anos, 1000 anos. Não! Será ETERNA.

Então pense: Qual a pior pena? A quem devemos temer? Como devemos viver? Se na terra o ser humano é penalizado quando comete um crime a uma pena que lhe tira a liberdade, na eternidade o ser humano será condenado a uma pena eterna por ter praticado algo infinitamente pior: o pecado, pois o que aos olhos humanos não é crime é, por outro lado, pecado e o pecado é uma ofensa ao Criador e, quando esse pecado não é perdoado em Cristo mediante o arrependimento, é ele julgado por Deus com uma pena eterna, porque nada pode destruir o pecado e somente o juízo de Deus sobre o pecado é que satisfaz a Sua justiça.

Portanto, o julgamento de Deus será segundo as obras humanas.

Continua...

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