“Se confessarmos os nossos pecados, ele [Deus] é fiel e justo para perdoar os nossos pecados...” (1Jo 1.9).
Depois do perdão de Deus, o pecador não precisa mais sentir-se culpado do pecado confessado, nem precisa confessar outra vez o mesmo pecado. Nova confissão e novo perdão serão necessários se ele cometer outra vez aquele pecado ou outro qualquer.
Deus não brinca com o pecador. Se este faz, de fato, a parte que lhe cabe (a confissão), Deus certamente faz a parte dele (conceder o perdão). Essa é uma norma estabelecida e absolutamente segura.
É preciso haver certeza a respeito disso. Trata-se de uma promessa feita pelo Deus que “não pode mentir” (Tt 1.2): “Se confessarmos os nossos pecados, ele [Deus] é fiel e justo para perdoar os nossos pecados...” (1Jo 1.9). A comprovação da eficácia do perdão depende muito mais da palavra de Deus do que de emoções. A sensação de perdão virá a seu tempo, mas não é o carro-chefe. É a consequência e não a prova do perdão. Na parábola do fariseu e do publicano, o primeiro não confessou coisa alguma, mas o segundo, batendo no próprio peito, fez a mais curta confissão da Bíblia: “Ó Deus, tenha misericórdia de mim, um pecador”. Jesus explicou que o publicano, e não o fariseu, voltou para casa sem culpa e em paz com Deus. Ele foi perdoado (ou absolvido) e tornado justo (Lc 18.13-14).
O único pecado que precisa ser confessado repetidas vezes é o pecado latente, pois ele nunca desaparece neste corpo e neste mundo. Por estranho que pareça, não é o pecado mais lembrado nem o mais reconhecido. Esse pecado, para ser confessado, é o que mais requer humildade. Confessa-se não o pecado cometido, mas o desejado -- um problema complexo, enraizado e generalizado.
À vista de tudo isso, a culpa cancelada pela misericórdia de Deus que continua a amargurar e desgastar o pecador perdoado é um desperdício, uma insensatez, uma ingratidão, uma perda de tempo. Na verdade, o perdão não vivido é uma culpa pecaminosa.
Pense nisso!
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