O VALOR DO SER: Uma Reflexão Sobre Autenticidade e Autoconfiança

Pe. José Neto de França

O VALOR DO SER: Uma Reflexão Sobre Autenticidade e Autoconfiança

Seu valor não depende de quem quer que seja, a não ser de você mesmo. Esta afirmação profunda nos convida a refletir sobre a essência da autoestima e sobre como se estabelece a nossa percepção de valor pessoal. Em um mundo onde frequentemente nos comparamos a outros e nos deixamos influenciar pela opinião alheia, é vital entender que a verdadeira importância de um ser humano reside em sua autenticidade. A percepção que os outros têm de nós pode mudar como as estações do ano, influenciada por sentimentos, experiências e contextos variados. No entanto, essa visão externa não define a nossa essência nem a magnitude do que somos.

Quando alguém não reconhece nosso valor, é essa pessoa quem, na verdade, perde. Essa verdade nos libera do peso da opinião alheia e nos oferece um espaço para cultivarmos a autoconfiança. Muitas vezes, as críticas ou a falta de reconhecimento se originam da insegurança e da inveja que os outros sentem em relação a nós. Portanto, a melhor resposta a essas situações é não dar atenção a essas emoções negativas dos outros. Ao contrário, devemos focar em nossa própria trajetória de vida, abraçando nossas qualidades e aprendendo com nossas falhas. A chave para a autoestima é reconhecer e aceitar o que somos, independentemente das opiniões que circundam nossa vida.

Cultivar autoconfiança requer prática e paciência. Não se trata apenas de se sentir bem em relação a si mesmo em momentos de sucesso, mas também de aceitar as partes de nós que podem ser consideradas imperfeitas ou inacabadas. Quando nos permitimos ser vulneráveis, reconhecendo que somos humanos e, portanto, falíveis, criamos um espaço para um crescimento verdadeiro. Essa aceitação pessoal fortalece nossa resistência às críticas e à valorização superficial, permitindo-nos interagir com o mundo de forma mais genuína e autêntica.

Viver de acordo com nossa verdadeira essência não apenas nos empodera, mas também enriquece as conexões que formamos ao nosso redor. Quando nos apresentamos de maneira autêntica, atraímos pessoas que ressoam com nosso verdadeiro eu, levando a relacionamentos mais significativos e profundos. Ao se desprender da necessidade de aprovação e julgamento, fortalecemos laços baseados em respeito mútuo e compreensão, construindo uma rede de apoio que partilha de nossas vulnerabilidades e vitórias.

Assim, ao refletirmos sobre nosso valor pessoal, somos lembrados de que a verdadeira segurança não vem de fatores externos, mas sim de um profundo entendimento de quem realmente somos. Cada um de nós é uma tapeçaria rica de experiências, emoções e potencialidades. Reconhecer essa complexidade nos ajuda a celebrar nossas conquistas, aprender com nossos erros e manter a humildade em face do sucesso.

Por fim, a trajetória de autoaceitação é contínua e repleta de desafios, mas ao persistirmos, nos tornamos não apenas mais fortes, mas também mais empáticos. Ao entender que cada pessoa luta suas próprias batalhas internas e inseguranças, cultivamos um ambiente de compaixão e solidariedade. Em um mundo que muitas vezes parece estar em constante competição, essa abordagem comunitária nos leva a um espaço onde todos podem florescer, reconhecendo que nosso valor individual contribui para um todo mais significativo.

Seu valor é inato e indiscutível, e reconhecer isso é o primeiro passo para viver uma vida rica e plena. À medida que nos comprometemos a honrar nossa verdadeira essência, inspiramos aqueles ao nosso redor a fazer o mesmo, criando um ciclo positivo de valorização e amor-próprio que ressoa em todas as direções.

Enigmas da vida!

Pe. José Neto de França
(Sacerdote e Nutricionista Integrativo – CRN/AL nº 43951)

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