Independentemente da nossa idade temporal, nunca deixamos de carregar conosco algo do que fomos no passado. Tanto porque, somos no hoje da vida, a somatória do que trouxemos geneticamente de nossos familiares somados as nossas escolhas, decisões, influências do meio social... Além do mais, tudo que fez parte de nossa linha do tempo, consciente ou não está “arquivado” em nossa memória.
Partindo desse princípio, jamais podemos dizer apenas que fomos isso ou aquilo, mas também o que somos e o que carregamos conosco.
Dessa forma, ouso afirmar, por exemplo, que uma pessoa idosa, como eu que sou sexagenário (isso vale para qualquer idade), traz consigo um pouco de sua vida adulta, de sua juventude, do seu ser criança... E não falo aqui de um simples saudosismo, ou de uma fase que ficou presa ao “relógio do tempo”, mas de um momento vivido que apesar de ter sido predominante “lá atrás”, vez ou outra quer, como que achar uma “brechinha” para que o seu “eu” daquela época se manifeste e “diga”:
– Estou aqui! Eu sou você, e você, sou eu, embora que maduro!”
Isso sem contar que dependendo da motivação e da interatividade que a pessoa tenha com as suas diversas fases da vida, esse lado criança até age pelo seu “ser atual”.
Nesse caso, se a ação foi ruim, é esse seu “ser atual” quem “diz”:
– Meu Deus! Como eu fiz isso!
Se a ação foi boa, os dois, seu “ser criança” e seu “ser atual” se fundem em um sorriso.
Enfim, jamais deixamos de ser um pouco criança!
Enigmas da vida!!!
[Pe. José Neto de França – Sacerdote, Nutricionista Integrativo CRN nº 43951/P, Escritor e Influenciador Digital]
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