Costumo dizer que viajar é uma saudável forma de lazer. No período de 14 a 24 de setembro passado, estivemos em mais uma excursão fora do Brasil, que começou pela visita à cidade de Faro, sul de Portugal, capital do Algarve. Juntos estivemos nessa jornada turística: este cronista e Rosineide, minha esposa, meu irmão José Carvalho e sua esposa Magna. Dois casais em busca de aventuras de lazer, mais uma vez visitando Portugal.
Belíssimo e certamente romântico, o roteiro escolhido: Faro, Lisboa (com passagem por Sintra e Cascais), Fátima, Coimbra, Aveiro e Porto, e pequena esticada à Vila do Gaia, na outra margem do rio Douro. Com exceção de Faro, o caminho escolhido era-nos conhecido.
Havíamos dito às experientes no ramo de turismo, Pauline Rezende e Maria Menezes, nossas amigas da empresa Tereza Rezende Turismo, em Maceió, que desejávamos uma viagem turística diferente. Iríamos ter, durante a viagem, duas comemorações: cinquenta anos de casados (José e Magna) e o meu aniversário natalício de oitenta e cinco anos de idade, uma vez escolhida a bela, charmosa e histórica Lisboa para os dois eventos. Nesse particular, além de passagens aéreas, hospedagem, etc., elas capricharam, contratando veículo especial, uma luxuosa Mercedes, para nossa locomoção durante o roteiro escolhido, em Portugal.
Ficamos, assim, livres de ônibus de turismo, velhos conhecidos de excursões anteriores, de costumeiros transtornos e de muitos e cansativos dias de viagem.
Após conexão em Lisboa, a TAP deixou-nos no aeroporto de Faro, cidade turística, histórica e aconchegante, banhada pelo Atlântico, preferida de europeus durante o período de verão. Dista cerca de 300 km de Lisboa. Esteve dominada pelos mouros até 1249, quando houve a reconquista portuguesa. Esteve, também, sob o domínio romano. Ainda existem ruínas de antigas muralhas. Belos edifícios marcam o rico passado de sua arquitetura. Assim como Lisboa, a cidade foi arrasada pelo terremoto de 1755, cujo epicentro se localizara no Algarve. Longas rias ligam o continente ao mar. Durante dois dias estivemos acompanhados de Júlio Borba (nosso estimadíssimo Julinho, sobrinho-neto de Rosineide), que nos mostrou a bela e hospitaleira cidade, levando-nos até a vizinha cidade de Olhão, de uma beira-mar bem-cuidada e bonita e de marinas onde estavam atracados luxuosos barcos.
A luxuosa Mercedes, dirigida por Seu Antônio, de terno e gravata, o elegante motorista apanhou-nos no hotel em Faro e nos levou a Lisboa, com um tour por Sintra e Cascais. Em Sintra, fizemos fotos, sob forte vento e bastante frio, ao lado do marco do Cabo da Roca (“Ponta mais ocidental do continente europeu”). Em Cascais, almoçamos.
Demoramos em Lisboa cerca de três dias, tempo suficiente para novas visitas, matando saudades. Rossio, Chiado, Rua Augusta, Praça do Comércio, paisagem do rio Tejo, monumentos históricos, restaurantes, bacalhau e vinho. Em um típico restaurante em Alfama, comemoramos o meu aniversário e os cinquenta anos do casamento de José Carvalho e Magna, com bolo e apagar de velas. Visitar Lisboa, pelo seu charme e beleza, é revivermos bons momentos, recordando viagens anteriores. É ter vontade de voltar. A vontade de cada visitante é cantar “Lisboa Antiga”, de autoria de Amália Rodrigues: “Lisboa, velha cidade/ Cheia de encanto e beleza/ Olhai, senhores, esta Lisboa d’outras eras/ Das festas, das seculares procissões...”
Pontualmente, no horário marcado, partimos para nossa visita a Fátima. O Sr. Cícero dirigiu a Mercedes em estradas modernas. Logo à noite, participamos da santa e emocionante Procissão das Velas. Trata-se de evento de fé cristã, que se realiza dentro dos limites do santuário, procurado por religiosos do mundo inteiro. Lá estivemos bem amparados do frio de 18 graus. Nosso hotel, moderno e luxuoso, situado em rua paralela ao santuário, facilitou nossa participação na Procissão das Velas, momento de fervor religioso, de cântico de louvor, de velas acesas, em meio da multidão de peregrinos que conduziam a imagem de Nossa Senhora de Fátima.
No dia seguinte, 21 de setembro, estávamos a caminho de Porto, passando por Coimbra e Aveiro, com ligeiro tour e fotos pelas duas cidades, com almoço nesta última, sempre servidos de bacalhau e algumas taças de vinho. O Senhor Antônio voltou a dirigir nossa Mercedes, sempre atencioso e permitindo-nos tempo para fotos dos monumentos visitados. Coimbra, com sua famosa biblioteca e sua milenar e histórica universidade; Aveiro, com seus canais, denominada “Veneza de Portugal”.
Finalmente, a cidade do Porto, com seus monumentos históricos. A Igreja dos Clérigos, por exemplo, é seu monumento mais alto. O moderno Shopping Santa Catarina acha-se localizado no centro da cidade, sempre visitado por turista. Dois dias estivemos hospedados no Hotel Carris, bem pertinho do Cais da Ribeira. Bastava-nos descer a ladeira para que estivéssemos à beira do rio Douro. Numa longa avenida, paralela ao rio, encontramos bares e restaurantes, nos quais o turista tem inúmeras opções para drinques, petiscos e refeições de variado cardápio, com vinho e música. De tanta gente indo e vindo, essa esplanada transforma-se em festa diária, onde todos se comunicam em diferentes idiomas. Lá estivemos. À disposição do turista o passeio de barco pelo rio Douro, chamado “passeio das seis pontes”, contou com nossa participação e a de muitos turistas. O rio Douro, volumoso e silencioso, que separa Porto da cidade de Vila do Gaia, ali, mansamente, deságua no oceano Atlântico.
Bela excursão que merece ser repetida, porque nos deixou saudade. A empresa, proprietária da Mercedes que nos acompanhou durante a excursão, transportou-nos ao aeroporto da cidade do Porto. Cuidadosamente, simpática loura, a motorista, levou-nos aos guichês indicados para despacho de bagagens e providências para nosso tranquilo e alegre retorno ao Brasil.
Graças a Deus!
Maceió, 10 de outubro de 2023.
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