"Se não fosse eu, quero ver como vocês iam fazer. Quero só ver no dia que eu morrer o que vão fazer sem mim".
Quantas vezes você disse isso? Quantas vezes você ouviu isso? Muitas vezes a gente reclama porque faz as coisas pelos outros. A gente não aguenta o peso que a gente carrega. Parece que todo mundo vive se aproveitando da nossa bondade. Essa é uma sensação vivida e falada por diversas pessoas.
Nesse caso, a gente precisa se perguntar: de quem é o peso que eu carrego? A resposta a essa pergunta pode te dar uma orientação sobre qual pessoa que não está fazendo o que é de responsabilidade dela. Porque quando a gente assume a responsabilidade da vida de outra pessoa, essa pessoa está deixando de assumir. Isso não significa que ela esteja ganhando, nessa relação, o prejuízo está nos dois lados.
Enquanto eu me sufoco fazendo minhas coisas, resolvendo minha vida e fazendo as coisas da outra pessoa e resolvendo a vida de outras pessoas, eu me desgasto e posso adoecer com mais facilidade e a pessoa pelo qual você assumiu a vida, poderá ter muita dificuldade em resolver suas próprias coisas porque não aprendeu, então também tem altas chances de adoecer por não saber como fazer.
O que eu estou ganhando em troca para continuar carregando o peso dos outros? Por que acredito que sou tão necessária? Por que tenho a necessidade de ser tão útil?
São questões que precisamos também nos fazer, pois a culpa não é da outra pessoa, ela só faz isso comigo porque eu permito. Preciso, primeiro olhar para mim, ver porque tenho tanta necessidade de ser útil.
Eu só vou deixar o outro assumir sua vida, quando eu também conseguir assumir apenas a minha.
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