O ser humano, que é limitado, tenta enquadrar a imensidão de Deus em suas próprias fronteiras. Todavia, o Pai-Mãe Universal, Criador do Cosmos, não é a criatura. Não O confundamos, já dissemos, com o deus antropomórfico, criado à nossa imagem e semelhança. Aliás, esse é o grande obstáculo à compreensão do Deus Divino, cantado em versos pelo saudoso poeta Alziro Zarur (1914-1979), cujas principais estrofes — as mesmas que se acham transcritas numa das paredes do Salão Nobre do Templo da Boa Vontade, em Brasília/DF, Brasil — trazemos a seguir:
Poema do Deus Divino
O Deus que é a Perfeição, e que ora eu tento
Cantar em versos de sinceridade,
Eu nunca O vi, como em nenhum momento
Vi eu o vento ou a eletricidade.
Mas esse Deus, que é o meu eterno alento,
Deus de Amor, de Justiça e de Bondade,
Eu, que O não vejo, eu O sinto de verdade,
Como à eletricidade, como ao vento.
E O sinto na ânsia purificadora,
Na manifestação renovadora
Do Belo, da Pureza, da Afeição.
Com Ele falo em preces inefáveis,
Envolto em vibrações inenarráveis,
Que me trazem clarões da Perfeição.
Pois creio é nesse Deus imarcescível
Que ampara a Humanidade imperfeitíssima:
Deus de uma Perfeição inacessível
À humana indagação falibilíssima.
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Bondade – que os pecados não consomem –
Do Espírito Divino aos filhos seus:
Deus sempre desce até Seu filho, o homem,
Quando o homem sobe até seu Pai, que é Deus!
Pois creio é nesse Deus imarcescível
Que ampara a Humanidade imperfeitíssima:
Deus de uma Perfeição inacessível
À humana indagação falibilíssima.
Ele é algo infinitamente superior, acima do nosso contemporâneo entendimento acerca de Sua Grandeza.
Deus é maior que as restrições que queiramos Lhe impor.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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