“Essa causa de dor atinge assim o rico, como o pobre: representa uma prova, ou expiação, e comum é a lei” (Livro dos Espíritos – Das penas e gozos terrestres).
Um mês atrás estávamos meditando sobre esta temática, motivados pelo momento em que nossa família estava passando, com o desencarne de familiares muito queridos.
O cenário do “Parque das Flores “ em Maceió nos convidava à reflexão...
Primeiro, sobre a dinâmica da vida: uns vão nascendo, outros vão morrendo...e a vida continua!
Segundo, sobre a dificuldade de administrarmos essa dinâmica: quantas dores, quantos sofrimentos e até desespero são externados pelos que aqui ficam!
Questão de crença. De interdependência, enfim, de fórum íntimo!
As situações vivenciadas estes dias me causaram sentimentos diversos.
Primeiro, a certeza advinda de minha crença espiritualista: “ninguém morre”. Seguida da dolorosa sensação íntima da separação física: como doeu em minha alma essa separação!
Entretanto a visualização do quanto o corpo físico estava sofrendo, enxugou-me as lágrimas e me fez ver de fato “quanto Deus é sábio e misericordioso”.
Querer reter nossos entes queridos, em debilitado estado físico entre nós, é uma forma sutil de egoísmo.
O corpo físico morre para que o Espírito se liberte. Tal qual o pássaro deixando a gaiola que o aprisionava.
Devemos chorar diante da perda de um ente querido? Claro! Entretanto não convém nos desesperarmos. Além de ser uma Lei Divina, o desencarne apenas nos transfere para uma outra dimensão. Continuamos com nossa individualidade, amando e podendo ser amado pelos entes que ainda aqui permanecem.
Portanto, quando choramos, lembremo-nos o quanto foi bom ter convivido com aquela pessoa, o quanto nos fez bem. Agradeçamos a Deus essa oportunidade e enviemos para essa criatura amada um abraço espiritual e votos de que Deus a abençoe sempre!
Ninguém perde para Deus!
Um dia nos reencontraremos, quando Deus nos permitir!
Que eles(as) permaneçam nas mãos de Deus em paz e confiantes na misericórdia e justiça divinas.
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