Eis uma crônica histórica. Dedicada a alguns dos nossos vultos históricos, hoje celebridades. À maior parte buscamos, na edição número 101, de fevereiro de 2014 da “Revista da História da Biblioteca Nacional”, que traz como matéria de capa a autópsia de Dom Pedro I.
Em matéria assinada pela jornalista Cláudia Thomé Witte, a vida pública e particular do monarca proclamador da independência do Brasil, no período imperial, é mostrada com riqueza de relatos. É dito entre outras coisas que o imperador D. Pedro I era portador de epilepsia. Tinha diversas lesões em vários órgãos internos causadas pelas mais de 36 quedas de cavalo. Algumas delas teriam causado fratura nas costelas e perfuração de um dos pulmões. Comprometido pela tuberculose, tinha sérias crises de dor por conta de cálculos renais, sofria do fígado desde a infância. Pobre do médico coitado, teria sido acusado de envenenamento. A matéria traz com exclusividade uma cópia da autópsia original. Da qual citamos um trecho:
“(...)Sua Preciosa e desejada Vida não podia durar, Combatida por tantas, e tão grave molestias, que em tão poucos annos desenvolverão Nelle os incommodos, a que Se sacrificou a bem dos Povos, que Regeo. S.M.I. O augustissimo Duque de Bragança, no apogêo da Sua Gloria, e da sua Reputação Militar, e Politica, Grande, Humano, Generoso, Resignado, e Religioso, Morreo Victima dos Seus Continuos Desejos, e Exforços pela propriedade Geral. Offereçamo-Lhe ao menos nossa dor, e vivíssima saudade.
Paço das Necessidades 28 de Setembro de 1834.
João Fernandes Tavares
1º Medico da Camara Real.”
“O Bolso Furado do Imperador Em tempos de escolher governantes, é bom estar atento as relações que os homens públicos mantêm com o dinheiro do povo. Um exemplo a ser lembrado é o de D. Pedro II. O imperador brasileiro esteve no trono brasileiro por quase 50 anos, e nunca aceitou aumento em sua dotação, isto é, seu salário. (...) doava recorrentemente parte do salário a obras de caridade (ou para gastos de guerra) Pagava também viagens pelo país, e fazia empréstimos para viajar para o exterior. Quando morreu, exilado em 1891, não havia amelhado fortuna. Ao contrário, deixou dívidas. Em: D.Pedro II de José Murilo de Carvalho.”(idem.ibdem)
A palavra “Lei” é muito interessante. Podemos encontrá-la a referir-se, e compor significados, em diferentes contextos: ”Lei, s.f.; Do Latim Lex, legis; Preceito ou regra estabelecida por direito; Norma; Obrigação; Religião; relação constante entre fenômeno da Natureza. (fonte: dicionário Priberam) Com relação a esta última colocação, observamos em aulas de Biologia, que determinadas afirmativas ou teorias de cientistas renomados, acabaram tomando a denominação de Lei.
Ainda ela, a Revista da História da Biblioteca Nacional, supracitada, traz excelente matéria de Carlos Ziller Camenietzki, sobre Galileu Galilei, nos seus 450 anos de nascimento. O célebre italiano de Pisa, notável pela defesa da Teoria (ou Lei) da heliocentricidade, de que o sol, e não a terra, seria o centro do universo.
Em viagem a capital alagoana nesta quarta-feira (16.04) tive a oportunidade de ouvir através do rádio (da Van) uma crônica, de autoria do blogueiro Aluísio Guimarães Albuquerque (blog “Terra dos Xucurus”) sobre o saudoso prefeito de Palmeira dos Índios Minervo Pimentel. O dito cujo, foi gestor da “Princesa do Sertão” (na década de 70). Pra mostrar serviço, resolveu construir um reservatório de Água para abastecer a população. Acontece que pretendia construir na parte baixa da cidade. Os técnicos e engenheiros tentaram explicar ao chefe do executivo que, devido a Lei da gravidade, o empreendimento não poderia ser construído na parte baixa. Sentindo-se ultrajado, o prefeito mandou convocar os vereadores, urgente! E determinou:
“-Eu quero que aprovem a lei pra que eu possa construir a caixa d’água onde eu quiser! E que seja revogada esta tal de Lei de Isaac Newton!”
Fabio Campos 17.04.2014 Breve no nosso Blog o Conto: “O Barão e o Disco Voador”.
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