E lá estava eu, curtindo a família. Filhas, filhos, netos, genros, o fim de semana. E de repente “Din-don!” toca a campainha. Dia de domingo, o pensamento vaga. Quem seria? Seria um amigo que resolveu lhe fazer uma surpresa? Quem seria a visita inesperada? Como ainda não havia passado de meio-dia, poderia ser um cunhado, querendo dividir um litro de cana, aquele que geralmente entra gritando. Exigindo que a gente coloque mais água no feijão. Ou talvez queira lhe convidar a ir a um bar, restaurante, ou balneário. E assim fazer a alegria de todos, principalmente, da patroa, que ficaria livre de pilotar o fogão, justo no Dies dominicus, maior sonho de toda dona de casa.
Vejam só caros leitores e leitoras, no domingo, dia do Senhor, que os americanos belamente chamam de Sunday. E que traduzindo, ao pé da letra, venha significar dia de sol. Se não for a visita de familiares que às vezes esperamos. A possibilidade de visitas tanto quanto inesperadas, e tão surpreendentes, quanto àquele cunhado, às vezes, inconveniente, seriam as Testemunhas de Jeová.
E isso nos faz recordar o episódio de Zé Ormindo Chagas: Moravam ele e a esposa num apartamento em Maceió, e receberam, na década de oitenta, a visita de duas crentes, testemunhas de Jeová. Resultado Zé Ormindo, cheio de ressaca, mandou a mulher receber a dupla de mulheres, mas em seguida saiu do quarto, e totalmente nu passou no meio da sala, as visitas constrangidas, as protestantes pra sua alegria, logo se retiram do apartamento.
Agora, não são apenas as Testemunhas de Jeová a lhe perturbar nos fins de semana. Temos pois, as vendedoras de Marketing de Rede e Marketing Pirâmide. Não quero ter o desprazer de explicar nessa minha crônica nenhum, e nem outro, tipo de método de negócio. Minha intenção é de criticar a forma, e o dia escolhido de atuação, não vou fazer propaganda. Só sei que assim como os evangélicos, eles e elas, invadem sua privacidade, tentam lhe vender, ou fazer com que você se torne um adepto dos serviços deles. Pedem pra passar um vídeo no seu DVD, tentam lhe convencer que você é infeliz, independente de como se encontre, pra eles todos somos infelizes, e que precisamos forma grupos, tipo corrente, e tal e tal para sair da situação que nos encontramos. Discordo de tudo isso.
E Seu Lunga vai encerrar nossa crônica porque quando perguntaram a ele:
-Seu Lunga sua Promissória venceu! Ele respondeu em cima da bucha:
-Eu nem estava torcendo por ela, tanto faz vencer como não!
Quanto a mim, na minha casa, a mulher da Pirâmide veio perguntar que cartão de crédito eu achava melhor?
Em cima da bucha respondi: - O do Palmeiras Futebol Clube ele nunca “vence”!
Fabio Campos 21. 11.12 No blog Fabiosoarescampos.blogspot.com. breve o Conto inédito “O Anjo da Guarda”
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