POR FALTA DE UM GRITO?...

Fábio Campos

Tem um dito popular, que apregoa: “Por falta de um grito, se perde uma boiada”. O contrário também pode ocorrer. Esta semana que passou, uma notícia não sei , se assim se classifica, ou boato. Só sei que espalhou feito rastro de pólvora e causou o maior alarido, inclusive prejuízos materiais, financeiros e etc. Tratou-se da história de que o programa assistencialista do governo “Bolsa Renda” havia sido suspenso.

De repente as agências da Caixa econômica Federal foram invadidas, por centenas de pobres assistidos pelo programa. Em suas motos, carros, cavalos, carroças de burro ou a pé chegaram a causar vandalismo e depredação em algumas agências.

A imprensa (o governo e nós também) agora quer saber, de quem a culpa? De onde partiu o boato? Com que intensão foi divulgada? Atingiu-se o objetivo desejado?

Que lição podemos tirar disso? A do dito popular que citamos lá no início: “Por falta de um grito se perde uma boiada”. Faltou alguém que possuísse muita credibilidade perante a população que em tempo hábil desmentisse a bravata. Os assistidos pelo programa com certeza utilizariam outro dito popular para caracterizar a situação: “Damos um boi pra não entrar numa briga, e uma boiada pra não sair dela”. O governo outro dito popular teria para colocar diante da situação: “Nesse angu tem boi de festa”. E com certeza quem inventou a lorota deve estar pensando noutro ditado: “A vaca foi pro brejo”.

Palavra nunca é a mesma. ,Mesmo que pronunciada diversas vezes, mesmo que dentro de um mesmo contexto. Assistindo o Canal da Tevê Educativa, no final de semana, vi uma matéria interessante sobre de como a mudança de pontuação pode alterar totalmente o sentido de uma frase. Dizia sobre o testamento de herança, que a troca de posição de apenas um sinal, a vírgula, alterava totalmente o sentido da frase. Era mais ou menos assim:

“Deixo meus bens a minha irmã não aos meus sobrinhos jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres”(Fonte: Blog de Geraldo Mota)

A depender da colocação da vírgula a herança se destinará a determinados herdeiros. Tente você parece-nos que há quatro modos de resolver.

Palavras, nunca querem dizer a mesma coisa. Por exemplo:

“O galináceo cacareja, o mico emite assovios, membro viril de um eqqus asinos no esfíncter anal do vigilante noturno”

Jamais! Nunca! Nunquinha mesmo...Isso aí quer dizer o mesmo que:
“O galo canta o macaco assovia..."


Fabio Campos 22. 05. 2013 No blog fabiosoarescampos.blogspot.com o Conto “A Louca da Estação Rodoviária”

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