A pergunta remete-nos ao menino de Exu, Luiz Gonzaga “o Rei do Baião” que esse ano completa centenário de nascimento. Com maestria cantou a diferença entre o homem e a mulher, Também iria querer saber sobre essa nova moda.
Palavras? Claro, elas possuem suas diferenças, tem delas que são muito femininas como rosas, lua, mulher. Outras altamente másculas: bigode, cavalo, homem. Há ainda as hermafroditas: adolescente, estudante, presidente. Palavras casadas, com relacionamentos bem estáveis feito, guarda-chuva, bomba-relógio. Outras solteiras, que vive muito bem obrigado: sombrinhas, armário. Há casos de relações não homofóbicas, convivendo duas do mesmo sexo: criado-mudo, vitória-régia.
Determinados substantivos simplesmente se apossaram de alguns adjetivos, de forma tal que praticamente não possuem mais identidade própria, se anularam em detrimento de seus substantivos. Por exemplo, “abominável” duvido que alguém não a associe ao famigerado “homem das Neves”. “Excelsa” coitada fica tão perdidinha se desatrelada de “padroeira”. “Alusiva” mais perdida do que cego em tiroteio, se não estiver de mãos dadas com “a pátria”. “Prodígio” o garoto companheiro do Batman se apossou desta.
Alguns verbos possuem um verdadeiro caso de amor com os políticos, tanto que eles amam o tal do gerúndio: “estaremos estudando uma solução para o caso... “ “estamos procurando um meio de resolver...” Há substantivos que perderam a compostura, e despudoradamente se camuflaram de verbo na boca de uma meia dúzia de sequestradores de vocábulos, travestidos de jornalistas. Criam aberrações como: “Malufar” não se sabe se bem se o termo quer dizer ser seguidor de Maluf, ou ludibriar, enganar, ou seja, é ambíguo. O Collorido, ou collorir com duas letras “éles” também é ambígua. Pois aquilo que tem muitas cores pode significar contrates, de opiniões.
Expressões ricas são as que nascem nas beiras do fogo, nas cozinhas, na lida da roça. Na mesa de bar, na caça, na pescaria, no futebol:
“-Esse cara é cheio de Nove horas!” Pra se referir a pessoa complicada, também se diz “Cheia de Nó pelas costas!”.
“-Gosto de cabo de guarda-chuva na boca!” na hora da ressaca.
“-Tem cheiro de chumbo!” Mexer com mulher alheia. Ou “Chave de cadeia!”
Encontramos na web essa pérola, com a qual arrematamos nossa crônica:
“Finalmente ficou comprovado, acima de qualquer duvida, que os computadores são do sexo feminino: Eis, pelo menos sete razões para crer que os computadores são fêmeas.
1) Ninguém, além do Criador, é capaz de entender a sua lógica;
2) Os menores errinhos que você comete são guardados na memória para futura referência;
3) Assim que você opta por um, qualquer que seja, logo você estará gastando tudo o que ganha com acessórios para ele;
4) O computador possui himen.sys;
5) Processa informações com muita rapidez, mas não pensa;
6) O do seu amigo, vizinho ou do escritório você sempre acha melhor que o seu;
7) Sempre travam na melhor hora.
Fabio Campos 05 de junho de 2012 "O PORTAL" Breve Conto inédito no fabiosoarscampos.com
Comentários