ESSA! EU JURO QUE NÃO SABIA...

Fábio Campos

Ao ler a crônica do escritor Clerisvaldo B Chagas “Olho d’água”(no blog do escritor), diga-se de passagem, de muita pertinência nos dias atuais. Aproveito para abraçá-lo desde já. Chamou-me atenção um acento gráfico contido no título, o apóstrofo tão antigo! Sua existência remota a escritos seculares. Ali, caladinho chegando ileso ao século vinte e um. Sendo um bravo sobrevivente de todos Acordos Ortográficos.

Quando vejo o apóstrofo usado numa palavra, não tenho como não lembrar os nomes da minha terra natal, e da terra natal de minha mãe Dineusa. Santana do Ipanema e Olho d’Água das Flores respectivamente. No nome da cidade não tem apóstrofo, já o nome da Santa, como vemos no estandarte que é pendurado todos os anos na torre da igreja, escrito com o apóstrofo: Sant’Ana. Certa vez um aluno perguntou-me porque as placas dos carros de Olho d’Água das Flores vinham com a denominação O. A. Flores. Onde o mesmo tinha visto uma Placa de Sinalização do Denit que informava à entrada da cidade: “O. D. Flores”. Daí tivemos que explicar. O Detran acertadamente coloca O. A. Flores porque as iniciais do nome da cidade são exatamente O, A e F. Portanto estas serão assinaladas maiúsculas. Infelizmente o Denit errou ao colocar o “D” maiúsculo porque esta letra vem da conjunção “de”(no caso reduzida a letra d’ com o apostrofo) intermediadora das palavras “Olho” e “Água”.

Outras curiosidades sobre o apóstrofo: “Exemplos: cobra d’água (cobra de água); pingo d’água (pingo de água); Vozes d’áfrica; Santa Bárbara d’Oeste. A supressão de uma letra para uso do apóstrofo, é chamada de Eclisão.
É incorreto o emprego do ápice (‘) no lugar no lugar do apóstrofo (’). Nos teclados dos computadores padrão Uniconde é possível usar o verdadeiro apóstrofo tipográfico segurando a tecla “Alt” enquanto digita a sequência de números 0,1,4 e 6. Nos sistemas Linux/Unix é possível utilizar o verdadeiro apóstrofo tipográfico com Gr+Shift+B. Outrasutilizaçõesdo apóstrofo: supressão de uma vogalnum verso por exigência métrica. Exemplo: esp’rança (esperança); minh’alma(minha alma); ’stamos (estamos). Pronúncias populares: Exemplos: “Olh’ele aí...” (Guimarães Rosa); “Não s’enxerga enxerido!” (Peregrino Jr.)

Atenção! Erro ao usar o apóstrofo: Designação de plural em siglas ou acrônimos exemplos, em CD’s. O uso correto é o acréscimo da consoante “s” apenas, no final: CDs. (Fonte: Wikipédia.org.br)”

Sobre Intolerância e Permissividade, enfastiei-me do tema. Já não me animo a dizer quão intolerantes estamos todos nos tornando, pra determinadas situações, e permissivos demais pra outras. Isso envolve religiosidade, sexualidade, infrações no trânsito, falcatruas do governo etc. Espero que o leitor nos entenda.

Mudando de assunto. Gostei de ver o ator Alexandre Nero (novela Império) no Domingão do Faustão. O cara mandou ver, quando disse que lidava muito bem com a fama: "-Sempre estou preparado, especialmente pra derrota, se vier a vitória ótimo...” E em seguida uma bela gafe: “-Ninguém é insubstituível somos todos insubstituíveis.”

A propósito, sobre nossa última crônica o início do ano(realmente ocorrer) depois da quarta-feira de cinzas. A apresentadora Sandra Annemberg do “Jornal Hoje”, citou matéria semelhante. Trouxe-nos um tipo que eu não conhecia o “Ano útil” refere-se ao ano resumido aos dias úteis.

Olha só que exemplo de notícia ambígua (pelo menos pra nós alagoanos) “Casal cria chuveiro que não gasta energia elétrica.(G1.com.br hoje:25.02)” Trata-se de um casal (homem e mulher) e não a “Casal” Companhia de Saneamento de Alagoas.

Já que entramos no clima. Três frases ambíguas:

“Traumatismo Ucraniano, seria cair e quebrar a cabeça em Kiev.”
“Os políticos brasileiros fazem na vida pública o que fazem na privada.”
“Cuba vai lançar um foguete. Dessa vez Dilma vai ver Cuba Lançar.”

Sei, sei, foi horrível! Então pra compensar uma piada (do mesmo quilate...)

“O cara no restaurante encontra um fio de cabelo na feijoada. Chama o garçon, que retruca:
-Isso aí é do saco do feijão!
O freguês considera. Tira o fio estranho. Come tudo e pede mais.
Nisso o cozinheiro vai passando um negão gordo. Aí o garçon grita:
- Feijão! Ô Feijão! Traz mais, o cara gostou...”


Fabio Campos 25.02.2015 no nosso blog Contoinédito: “A MÃO E O MARTELO”

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