Na última semana da quaresma, tivemos a grande satisfação, de encontrar Dorival Bezerra, ex-prefeito de Olho D’água das Flores. Pra nós, apenas tio Dorival. Esteve a visitar sua irmã Dineusa, minha mãe. Acompanhado de sua filha Silvana, nossa querida prima, conceituada pedagoga naquela cidade. A breve visita foi recheada de lembranças, de encontros, de festas. De fatos pitorescos passados, ou no dia-a-dia, ou naquelas reuniões familiares. Tivemos a oportunidade de colhermos diversas histórias, sobre a matriarca da família, saudosa, avó Amância. Oportunamente, publicaremos aqui.
Ratificamos aos parentes que visitava-nos, que ao acessar a rede mundial de computadores, dessem, uma olhada (aqui) no portal maltanet. Pra ver nossas crônicas e também as do professor e escritor Antonio Machado, que sempre publica, coisas de sua terra natal.
Dois episódios contados naquela ocasião, protagonizados por Dona Amância. Compartilharemos agora. Primeiro a história de tio de Dorival. Na época, ele ainda estava na ativa, como fiscal de renda estadual. Reuniu-se mais uns três amigos fiscais, num barzinho em frente à casa de sua mãe, pra tomar umas cervejas. E pra jogar conversa fora depois do expediente. Minha saudosa avó, à época, já uma nonagenária. Chega-se a janela e alteando a voz, pra ser ouvida pelo magote de bebedores, aconselha:
-Dorival meu filho! Deixe essa vida de beber cachaça! Vá pra casa! Vá gastar seu dinheiro com coisa de futuro, com sua família!
O saudoso fiscal, Zé Farias interveio:
- Dona Amância! Dorival não está pagando nada aqui. A conta é nossa!
-Há é... Não tem aí, um vinho jurubeba pra mim não?...
Antes da história de Silvana, lembremos que recentemente, cotamos aqui a crônica “DONA AMÂNCIA OUVIA RÁDIO”. Por muitos anos, foi essa, a única tecnologia na sua casa. Os netos cresceram, casaram. E eis que, esta neta querida, presenteou sua avó, com uma televisão portátil.Ela agora pela idade vivia sob os cuidados de uma afilhada.
Silvana percebeu que ela não tinha absolvido bem aquela nova tecnologia. Isso ficou evidente quando certa vez, chegou a sua casa. Ela estava cochilando diante da tevê. E despertando, faz o seguinte comentário:
-Mas minha fia... Eu fico morta de vergonha!
-Vergonha de que vó?
-Eu começo a prestar atenção esse homem conversando. Uma conversa bonita! Acabo cochilando minha fia! Acordo e ele tá aí, na mesma conversa. Eu morro de vergonha de deixar, ele conversando só...
-Ô vó! Esse aí é Cid Moreira! Ele apresenta o Jornal Nacional! E não está vendo a senhora. Está muito longe...
De nada adiantou. Continuou sem acreditar.
*Fabio Campos 22/03/2010 *É professor do Estado e do Município em S. do Ipanema-AL.
Contato; fabiosoacam@yahoo.com
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