De acordo com o último senso socioeconômico -2007. IBGE- Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas. Existiam em Santana do Ipanema 429 Empresas Comerciais, legalmente cadastradas.Infelizmente, os dados disponíveis, em sítio virtual, via internet,não nos permite quantificar, o número de Casas Noturnas existente em nossa cidade. E quantas dessas, seriam apenas Gastronômicas, Casas de Show ou Prostíbulos (os populares Cabarés).
A distinção entre cada um desses tipos de estabelecimentos e a atividade que exploram, devem estar muito clara na cabeça dos proprietários e principalmente de seus frequentadores. Caso contrário, uma confusão pode se estabelecer e gerar um mal-entendido, idêntico a um episódio ocorrido em nossa cidade. Há tempos atrás. E que entrou pra o rol dos fatos pitorescos, da história de nossa gente.
O protagonista central, Doutor Aderval Tenório. Já não se encontra mais nesta dimensão humana de vida. Já se foi “ lá pra cima”. Consagrado Promotor de Justiça. Dono de uma retórica meritória e entusiástica. Nas horas de laser, dedicava-se, com desvelo, as diversões oferecidas pelas casas noturnas e cabarés. O que rendeu-lhe a fama de mulherengo.
Por ocasião de um dos Bailes da Festa da Juventude. Chega Doutor Aderval, nas proximidades do Tênis Club Santanense, estaciona e desce do carro completamente embriagado, acompanhado de duas senhoritas em trajes sumaríssimos. E em idêntica situação alcoólica. A cena atrai os olhares dos que ali se encontram. Ao se aproximarem da entrada, são interpelados pelo porteiro:
-Doutor Aderval. Queira nos desculpar, mas estas moças que o acompanha não podem entrar.
-Por quê?
-Porque elas são suspeitas.
-Suspeitas! Não, essas aqui são raparigas mesmo! Suspeita pode ser que tenha aí dentro!
E foi embora com sua extravagante companhia.
Hoje em dia ainda existem cabarés, claro. Mas os de hoje, em fama nem se compara com aqueles. Daqueles tempos. Se por acaso um rapaz, que estivesse na Praça da Bandeira adentrasse à Rua Rotary, altas horas da noite, era motivo de apupos pelos maloqueiros. Pré-julgando que aquele, estivesse indo pra um cabaré. Porque a maioria desses estabelecimentos, localizavam-se, num quadrante, que ia da Delegacia de Polícia estendendo-se à Intendência (Bairro Artur Morais): Eram esses: O Cabaré de Dona Maria Brejão, O Cabaré de Guiomar, O Cabaré de Suné e Soares e O Cabaré de Ivone. Sobre este último, Aguinaldo do Hotel Avenida (Estives), que cantava músicas de seu xará, Agnaldo Timóteo, nos programas de auditório do Cine Alvorada, na praça fez um plágio de uma das músicas do cantor mineiro:
“A casa de Ivone é um cabaré
Se f... deitado, se f... em pé”
Ele cantou a música inteira. Quem estava lá ouviu. Eu lembro, mas julgo conveniente citar,por motivos óbvios, só esse trecho(risos).
Fabio Campos 16/12/2009
Comentários