“Ilustre, indica pessoa que além de intuitiva é decidida e prática, paciente e organizada. Uma ótima conselheira não mede esforços para apoiar com ensinamentos, a quem lhe recorre. Também se mostra generosa a quem lhe pede dinheiro emprestado.” (Fonte:significadodonome.com.br).
É este o significado, segundo o site consultado, para o nome Albertina. Na verdade vem ratificar aquilo que todos nós que a conhecemos já sabíamos, Albertina Agra é tudo isso e um pouco mais. Dividamos, pois, o enunciado, do significado do nome em partes, e relacionemos a sua vida e iremos constatar, tudo que está posto corresponde com sua pessoa.
“Ilustre, intuitiva, decidida e prática...” Nos tempos áureos do teatro santanense, meados da década de 50, foi decidida e prática. Nascida no seio de família tradicional e respeitada, de nossa cidade, tinha futuro garantido. Se quisesse, poderia ter optado, por morar na capital, seguir carreira, desfrutando dos requintes que a alta sociedade a qual tinha acesso lhe dispunha. Optou por Santana do Ipanema, por sua cidade dedicou sua vida. Optou em ser a Vedete do nosso teatro, optou por atuar nos palcos dos teatros desse nosso sertão. Professor Juca, ganhou da nossa “Dama do Teatro Santanense” uma coleção completa sobre obras do teatro brasileiro. Com orgulho, nosso colega, expõe na estante, em capa dura, com títulos ricamente esmaltado, em perfeito estado de conservação, obras como: O Rei da Vela de Oswald de Andrade, Pequenos Burgueses de M. Gorki, O Balcão de Jean Genet, Tartufo de Moliére, Fausto de Goethe, Cirano de Begerarc, Medéia de Eurípedes, entre tantos outros.
“Paciente e organizada, não mede esforços para apoiar com ensinamentos, a quem lhe recorre” Isso nós mesmos pudemos constar, no ano de 1978, quando produzimos eu e Marcello Ricardo Almeida, a peça teatral intitulada “A Mãe” baseada na obra “Éramos Seis" de Maria José Dupré, para apresentar as nossas mães e aos alunos do Ginásio Santana, procuramos Albertina Agra para nos orientar. Lembro como hoje, fomos até o balcão da Farmácia Vera Cruz, onde ela trabalhava, e estendendo-lhe o original da peça, pedimos que olhasse e dissesse alguma coisa. Ali mesmo ela olhou atentamente, com muita paciência, em meio ao atendimento aos fregueses, deu-nos orientações valiosas, pediu pra ficar com o manuscrito. Dali alguns dias devolveria. E ao devolver fez elogios, sorriu, era como se dissesse “esses estão contaminados” Sigam! Vão em frente! Recentemente Albertina Agra sofreu um AVC. Ficamos todos (amigos e familiares) apreensivos, queríamos saber se houvera muitas sequelas. E qual não foi a surpresa, constatar com nossos próprios olhos: Nossa querida artista, atriz, cantora, intérprete, componente do pastoril da “Melhor Idade” em plena recuperação, caminhando, dando a volta por cima! Dando um chega pra lá pra aquele mal. Dando-nos um belo exemplo de superação! De disposição, de vontade de viver.
Na justa homenagem prestada a Albertina Agra, pelo Portal Maltanet, na AABB, em 2011,no dia em que o site comemorava mais um ano, de relevantes serviços prestados a sociedade alagoana. Vimos uma Albertina autêntica, feliz, humilde. De alegria, resplandecia. Dos cabelos branquinhos - sua marca registrada - do seu rosto e do seu sorriso, refletia-se a candura de sua alma.
“Também se mostra generosa a quem lhe pede dinheiro emprestado.” Quanto a essa parte, precisamos conversar senhorita Albertina!
Pra você Albertina Agra, e todas as Mulheres do mundo: Um feliz Dia das Mulheres!
Fabio Campos 08.03.2012 Conto inédito “O Mercador de Ilusões” Breve no fabiosoares campos.com
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