“(...) Há apenas um passo entre mim e a morte” (1 Samuel 20.3).
Essas palavras foram proferidas por Davi, quando era injustamente perseguido pelo rei Saul. Sua vida estava em constante perigo. A cada momento, uma cilada, uma armadilha contra a sua vida. A morte lhe espreitava. Ele estava à beira da morte. Estava à beira da eternidade.
Quem somos nós, se não meros mortais, pessoas à beira da eternidade, a um passo da morte. Isso se dá porque somos mortais, criatura frágeis. E a figura que a Bíblia usa para nos descrever é mais do que apropriada, pois ela nos compara com o vento, com uma sombra (1 Crônicas 29.15), como a lançadeira (Jó 7.6), como mensageiros apressados (Jó 9.25), como uma palmo na sua extensão (Salmo 39.5), como a neblina que se desvanece (Tiago 4.14) coma a erva do campo (Salmo 103.15), somos pó e cinza (Salmo 103.14), uma brisa que passa e não volta (Salmo 78.39), o fôlego do nariz (Isaias 2.22) e como uma coisa imunda (Isaias 64.6). No entanto, vivemos neste mundo como se nunca fossemos morrer. Vivemos aqui com a consciência de que iremos viver eternamente na terra. Somos por demais terrenos, amando o que é terreno e apegados às coisas da terra, delas não querendo largar.
Não pensamos na vida como algo transitório, como um momento de preparação para a verdadeira vida que continua do outro lado da morte, onde as pessoas nunca estão de prontidão, preparadas, conscientes de que estão à beira da eternidade.
Qual seria a reação e sentimento de uma pessoa condenado à morte, por alguma razão (doença terminal, sem cura, etc.), sendo tomada pela consciência da morte à frente, inexoravelmente caminhando a ela, será que isso não tomaria os seus pensamento e lhe daria uma perspectiva nova da vida presente e a necessidade de preparação para a vida nova que irá ter? Ora, nós seres humanos somos como esse homem, pois mesmo que aparentemente tenhamos a possibilidade de viver muitos anos (quem garante que iremos viver?), deveríamos ter consciência de que em meio a esta vida estamos próximos da morte, apenas a um passo da eternidade, à beira da eternidade. E tal consciência nos obrigaria a viver sem esse apego ao material, mas iria nos permitir viver com consciência de que estamos à beira da eternidade. Essa certeza da morte não deveria tomar nossos pensamentos e nos levar à reflexão de Deus, do Juízo Final, da certeza de que Deus julgará o ser humano e ao final nos levar a Cristo para Nele obtermos o perdão e purificação desses pecados, no que somente assim estaríamos preparados para essa morte?
Por que você despreza o conteúdo dessa verdade? Por que é tão difícil pensar e acreditar na certeza daquilo que é certo e que você vê todos os dias acontecer? Pessoas caindo na eternidade, pois a cada segundo pelo menos 3 pessoas na Terra caem na eternidade, pois estão deixando esse mundo e seguindo para a nova morada.
Você está à beira da eternidade. Há somente um passo entre você e a morte, entre você e a eternidade. A qualquer momento esse passo será dado e você vai cair no lugar onde passará a vida que não termina, sem fim, eternamente. Essa vida será eternamente feliz ou eternamente de tormento. Essa escolha você faz enquanto tem vida, enquanto podes pensar e se arrepender. Escolha viver para Deus, porque depois da morte, não terás mais essa oportunidade. Cumprir-se-á o que disse o escritor em Hebreus 2.3: “Como escaparemos nós, se ignoramos tão grande salvação”. Estamos à beira da eternidade!
Pense nisso!
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