Há pouco tempo, talvez antes da pandemia, eu e Rosineide estivemos em Fortaleza, a bela capital do Ceará, em viagem turística. Agora, para especial evento leonístico, voltamos a Fortaleza, em noite chuvosa, e nos hospedamos no mesmo hotel Comfort, que fica a cerca de 100 metros da poética Praia de Iracema, recanto bastante procurado pelo turista, pelo visitante.
Naquela primeira viagem, encontramos, no calçadão da Avenida Beira-Mar, uma roda de vários curiosos na qual um alegre humorista, com gente a seu redor que gargalhava com suas piadas e com suas engraçadas histórias.
Sabe-se que o Ceará é terra de humoristas, muitos deles famosos, conhecidos no Brasil inteiro, a exemplo de Didi e do saudoso Chico Anísio, entre tantos.
Aproximamo-nos, então, da animada roda em torno do humorista. Ele acabara de dirigir-se a um turista:
– O senhor é de onde?
Resposta: “De Salvador.”
Pergunta-lhe o humorista: “Já foi roubado aqui?”
Resposta: “Não.”
Aí completou o humorista: “Mas vai ser!”
No período de 15 a 18 deste mês de janeiro, retornamos a Fortaleza para participar do 53º Folac – Foro Leonístico de América Latina y del Caribe, gigantesco evento que reuniu 1.800 participantes (1.300 brasileiros e 500 estrangeiros), promovido por Lions Internacional, tendo como local o grandioso e moderno Centro de Eventos de Fortaleza, localizado a cerca de 10 a 15 quilômetros da Avenida Beira-Mar ou do Comfort Hotel.
Em meio à numerosa plateia do evento ouvimos palestras várias e discursos de autoridades leonísticas, sobretudo do colegiado de líderes, em plenárias, workshops, em solenidades festivas, com coquetel de abertura, almoços, jantares e elegante baile de encerramento.
De parabéns está toda a equipe do comitê de organização do brilhante e suntuoso evento leonístico.
Ao chegarmos ao aeroporto de Fortaleza, companheiros de Lions formavam a equipe de receptivos, encaminhando-nos de ônibus aos hotéis oficiais do evento. Da mesma forma, ao final do evento, houve o retorno dos convencionais ao aeroporto.
O primeiro ônibus para os hospedados no nosso hotel, para ida ao Centro de Eventos, rapidamente ficava lotado, tal a correria dos leões estrangeiros. Quase sempre o ônibus para a ida do segundo grupo ao Centro de Eventos retornava ao hotel com bastante atraso, quase sempre com as plenárias já iniciadas.
Daí, preferimos o serviço dos táxis estacionados à porta do Comfort Hotel, tanto para ida ao Centro de Eventos como para retorno ao hotel.
Com exceção de dois ou três profissionais honestos, os demais eram taxistas que cobravam valores muito acima das usuais tabelas. Confundiam-nos, com certeza, com turistas estrangeiros desembarcados de navios no porto de Fortaleza.
Aí, afinal, ocorreu-nos lembrar do marcante diálogo do humorista com o turista de Salvador, prevenindo-o contra certa mazela da cidade de Fortaleza, tratado no início desta conversa.
Maceió, janeiro de 2025.
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