EU LITERATO VOLUME I
Djalma CarvalhoGosto muito da frase de Monteiro Lobato (1882-1948), que diz: “Quem escreve um livro cria um castelo, quem o lê mora nele.”
Acabo de ler o livro de crônicas Eu Literato Volume I (SWA—Instituto e Editora, Santana do Ipanema, 2023), de autoria do conterrâneo amigo e confrade José Malta Fontes Neto.
Na verdade, após a grata leitura, criei um castelo dentro de mim e morei nele, porque encantado estive com a narrativa produzida ao longo das 179 páginas do livro, cujos contextos se referem ao período de 1998 a 2014.
Disse o autor, logo à página 14 do livro: “Eu sempre gostei de ler, desde a minha infância, juventude, escola e agora por força da profissão que abracei — o jornalismo — a leitura se fez necessária.” Palavras que têm tudo a ver com o pensamento de Monteiro Lobato. Aqui, também acrescentaria palavras ditas por Gabriel García Márquez (1927-2014), genial escritor colombiano e Prêmio Nobel de Literatura: ”Não há na vida nada melhor que escrever. Isso é o que eu chamaria de inspiração.”
Quem lê o livro Eu Literato viaja no tempo e no espaço, porque o confrade Malta conta sua própria história e histórias dos personagens citados no livro, quase todos viventes de Santana do Ipanema.
Orgulhoso e tomado pelo sentimento nativo, Malta aproveita o título da canção/hino de autoria do poeta santanense Remi Bastos – “Santana dos Meus Amores” –, para a ele acrescentar a data de cada crônica do livro.
O autor do livro é um vitorioso empreendedor em Santana do Ipanema. Ele é criador do portal Maltanet e do SWA — Instituto e Editora, atividades que têm sido incentivadoras do surgimento de tantos escritores santanenses, hoje já em número superior a cinquenta, com livros publicados. Faz-me crer que esse sucesso alcançado pelo Malta começou com sua participação como organizador das três coletâneas a seguir, em parceria com o santanense João Francisco das Chagas Neto (João do Mato): À Sombra do Umbuzeiro (2006), À Sombra do Juazeiro (2008) e À Sombra da Quixabeira (2010), de autores diversos, recheadas de escritos de apreciadas leituras. Estava, a partir daí, aberto o caminho para tantos escritores que foram surgindo na cidade.
Afinal, a estrada é longa, mas o confrade Malta já caminhou confortavelmente boa parte dela, a julgar pela publicação do primeiro volume de Eu Literato, que se junta aos seus dois livros publicados: Olhinhos D’Água (2019) e Adelson de Miranda: um exemplo a ser seguido (2020).
Parabéns, confrade Malta!
Maceió, setembro de 2024.
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