DIA NACIONAL DO APOSENTADO

Djalma Carvalho

Djalma de Melo Carvalho
Membro da Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes.

Comemora-se o dia 24 de janeiro como o Dia do Aposentado, a partir da Lei Eloy Chaves aprovada em igual data em janeiro de 1923. A histórica e lendária lei criou, então, a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos empregados das empresas privadas das estradas de ferro e deu origem à Previdência Social no Brasil.
Paulista de Pindamonhangaba, Eloy de Miranda Chaves (1875-1964) foi advogado, industrial, banqueiro, proprietário rural e político (vereador por Jundiaí, deputado federal e secretário de justiça e segurança do estado de São Paulo).
A partir da Lei 6.926 de 1981, a data comemorativa passou a chamar-se Dia Nacional do Aposentado. Na mesma data, comemora-se o Dia da Previdência Social.
Em dezembro passado, a AABBA – Associação dos Aposentados do Banco do Brasil em Alagoas – promoveu belíssima festa de confraternização de aposentados e familiares, tendo como local escolhido o elegante e aconchegante Espaço Garden do Hotel Jatiúca, aqui em Maceió.
Não fosse festa de confraternização, de reinante espírito natalino, de alegre reencontro de antigos companheiros de trabalho, poder-se-ia dizer tratar-se de particular e antecipada comemoração do Dia do Aposentado.
No Banco do Brasil, a exemplo de outras empresas modernas de igual porte, foi em boa hora instituído o seminário conhecido pela sigla APOS, destinado a servidores que estivessem às vésperas da sonhada aposentadoria.
Dizia-se, entre meus colegas de trabalho e de forma jocosa, que se tratava de seminário destinado a servidores “com o pé na cova”. Não destinado àquele que estivesse à véspera da morte, mas àquele que estivesse recebendo abono especial por haver chegado aos 35 anos de contribuição à Previdência Oficial. De minha parte, andei recebendo por algum tempo essa regalia legal, imediatamente extinta, infelizmente, com o deferimento da minha aposentadoria.
Útil para mim e para os colegas participantes, o seminário ensinou-nos, entre outras coisas, a administrar com sabedoria a ociosidade que certamente viria com a aposentadoria; a cuidar do fatal estresse em virtude da perda de status e do saudoso convívio com os companheiros da longa travessia; a encarar a aposentadoria como prêmio pelo trabalho prestado durante longo tempo da existência de cada um; a indicar o caminho de vida saudável pós-laboral, aproveitando o tempo livre para diversão, praia, recreio, leitura, viagens, etc.; e, por fim, a viver a vida em dimensão maior, de bem com a família e com os amigos, e exercitando o corpo e a mente.
Na verdade, longa caminhada. A aposentadoria um dia chegaria para ficar.
Afinal, bem o disse a propósito Dr. Eli de Faria, presidente do Fundo de Previdência dos Servidores de Aparecida de Goiânia: “Dia do aposentado. Dia das histórias sempre contadas para lembrar que a vida é reciclada todo dia. Dia de falar dos amigos, dos companheiros de todas as batalhas, dos cúmplices de todos os sonhos, de quem ficou pelo caminho, de quem deixamos pela estrada, de quem nos ligamos pelo cimento da união.”
Parabéns, colegas aposentados!
Maceió, janeiro de 2016.

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