ZONA TRASH

Antonio Machado

ZONA TRASH
Antonio Machado
A arte de representar é tão antiga, quando o homem na face da terra, quando ainda as pessoas se escondiam por trás de uma máscara para não serem reconhecidas nos papeis que representavam daí para o cinema foi um salto. Com o advento do cinema caiu à máscara, e este cresceu chegando à sétima arte, em vista da arte de representar ser uma habilidade de poucas pessoas. Esse desejo de mostrar seu talento levou o jovem olhodaguense, Clauwelivan S. Rocha de apenas vinte anos, a escrever, dirigir e montar um filme, que recebeu o nome de Zona Thash (Zona do Lixo). Foram três anos para o trabalho ficar pronto. Sem recursos financeiros de ninguém, e envolvendo quarenta pessoas, o filme que se constituiu uma longa metragem, visto ter quase duas horas de projeção, foi mostrado o público da cidade no Clube local. Foi impressionante a quantidade de público que compareceu para ver a exibição do filme Zona Thash, cerca de 1.500 pessoas aproximadamente, lotaram todos os espaços citados, foram mostrados ao público, três filmes de curta duração do mesmo produtor, intitulados. Medo do desconhecido, A besta apocalíptica e Encontro macabro, todos de cunho de terror.
Observa-se uma tendência muito acentuada do jovem cineasta, Clauwelivan S. Rocha pelo terror, o desconhecido, parece que esse tema lhe fascina. Em conversa com este jornalista, o cineasta se diz admirador dos feitos que os efeitos como causam terror, entretanto talvez, seja ideia da idade, adolescente, que ainda lampejam sua vida.
Esse jovem cineasta que começa a despertar no sertão, mormente em Olho d’ Água das Flores, foi divulgado em reportagens pela televisão, ele sempre demostra tendências para as artes, é um artista fora do palco, é magico já tendo se apresentado em outras cidades, sendo sempre aplaudido, como mágico é conhecido por Épylon, e agora com apenas uma câmara de poucos recursos, esse artista do desconhecido, produziu, dirigiu e ele mesmo filmou Zona Thash, que recebeu o aplauso do povo de sua terra.
Os filmes desse artista enveredam pelo campo sinistro, macabro, num caminho pelo terror onde pessoas acometidas de um vírus, morrem misteriosamente, e depois voltam à vida sem recordar contudo, quem foram na existência passada, é aí que entra o medo, o terror, o que realmente o cineasta gosta de fazer, ressalta-se, entretanto, que o próprio Clauwelivan não faz nenhum papel nesses filmes macabros. Cemitérios e lugares ermos foram palcos para as tomadas de cenas desses filmes, todos sem traquejo artístico.
É destarte lamentável, que um artista da terra, a exemplo de Clauwelivan S. Rocha, não tenha tido apoio dos poderes municipais, quando um jovem dessa qualidade, inteligente, criativo, enfim um verdadeiro artista que começa a despertar para o meio artístico, não seja reconhecido ele, sobretudo, que prima pelas artes e ainda leva outras pessoas, enquanto outros estão enveredando pelos caminhos sinuosos das drogas e outros vícios. É necessário e urgente, que se valorize esses artistas da terra, dando-lhes apoio devido por meio da Secretaria de Cultura Municipal, que infelizmente, ainda vive atrelada a da educação. Valores e artistas como Epylon e outros precisam ser reconhecidos.

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