OS CRIMES QUE ABALARAM ALAGOAS

Antonio Machado


No decálogo dos mandamentos bíblicos, está inscrito como quinto mandamento “não matar”, porém os homens de todos os tempos jamais cumpriram esta ordem, ao longo da história da humanidade, está permeada dos mais hediondos e tenebrosos crimes envolto em mistérios, perpetrados nas caladas das noites, ceifando preciosas existências, tirando a harmonia e a paz das famílias, dizem que a impunidade gera novos crimes. Debruçado em pesquisas verídicas, dentro de uma áurea investigativa e instigante, o jornalista escritor José Jurandir, acaba de lançar seu mais novo livro, intitulado, Os crimes que abalaram Alagoas, trata-se de uma obra corajosa, merecedora de aplauso. O jornalista relata cerca de mais oitenta crimes em sua obra monumental, com pesquisa “in loco” sem medo, escrevendo e sendo fiel as pesquisas feitas, merecendo assim a confiança dos entrevistados. Jurandir relata a façanha de Floro Novaes, acompanhei toda odisseia daquela historia, vi muitas vezes Floro Novaes em nossa casa contando a meu pai de quem era amigo, pois ambos possuíam o mesmo nome, Floro, todas sua peripécias e anos mais tarde, quando a vida me concedeu as faculdades de escrever, fiz a perdido do escritor Clerisvaldo Chagas, o prefácio de seu livro, Floro Novaes, herói ou bandido, onde o escritor José Jurandir em seu livro, relata com absoluta fidelidade o caso. Muitos dos casos crimes que constantes na obra, já são de conhecimento do público, haja vista o autor os ter publicado em expressivas reportagens nos jornais da província, que agora trazidos à tona com nova roupagem pelo mesmo autor, porem sem fugir da essência dos fatos. A obra comentada em a preço, esgotou-se rápido em sua primeira edição, conforme relatou o escritor ao cronista, dado seu valor histórico, face ser pautada no campo da imparcialidade, quando o escritor não usa de subterfúgios nem meias palavras, quando enfoca o caso, muito deles já coberto pela poeira dos anos, mas que deixaram marcas indeléveis na alma das pessoas, porque esquecer é humano, mas perdoar é divino. Cabe a justiça a ultima palavra dos crimes, haja vista a justiça estar respaldada no direito, o grande jurista Cloves Beviláqua escreveu: “a lei não é o direito. O direito é mais que a lei”. Ao longo da história de Alagoas, desde seus primórdios, quando de sua independência, aos 16 de setembro de 1817, por ato do Imperador D. João VI, que os crimes hediondos começaram a se perpetrarem no estado que vem sendo marcado seriamente por ondas de crimes violentos e bárbaros, tanto políticos, como passionais, de mando e vingança, dentro de um rosário sangrento que tem enlutado muitas famílias.
Analisando friamente esse aspecto de crimes, atualmente, uma nova mentalidade parece que está se instalando na consciência das comunidades, visto essa onda de violência no estado de Alagoa está arrefecendo, os poderes constituídos têm se preocupado em dirrimir esses atos negros que só mancham a história de nosso estado.
Jornalista escritor da têmpera de José Jurandir são poucos, sente-se isto em seus escritos, mormente em sua obra, Os crimes que abalaram Alagoas, sua pertinácia na busca dos fatos para enfeixá-los no seu livro, arriscando muitas vezes a própria vida, porem a coerência com o que escreve o torna mais corajoso, para levar ao leitor o caso como realmente aconteceu, ouvindo sempre as duas partes, e delas tirar as conclusões abalizadas para seus escritos. Uma segunda edição de sua obra, caro escritor Jurandir, já se faz necessário, porque sua obra realmente engrandece a todos que prezam pela paz no dia a dia, mesmo diante de tantos crimes ainda impunes, mas precisam ser esclarecidos a sociedade, o maior jurista do passado, Dr. Ruy Barbosa sentenciava: “ a justiça, quando demora muito, torna-se injustiça”. O jornalista José Jurandir ao lançar a obra Os Crimes que abalaram Alagoas, denota seu fácil traquejo em relatar crimes que macularam famílias inteiras, que seus facínoras se embrenharam sertão adentro, deixando o rastro de sangue enlutando as famílias que, muitas delas já morreram, outras ainda vivem preferindo o ostracismo da existência, porque já estão no outono da vida, procurando a paz, como o melhor caminho, mormente, quando se está na reta final de uma existência marcada pela dor e sofrimento da perda de entes queridos, que fizeram tanto, para merecer tão pouco, às vezes, pagando com a própria vida. Pax et pax (paz e paz).

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