Sol e chuva, chuva e sol dois elementos básicos indispensáveis a todos os seres da terra, em que se harmonizam muito bem entre os homens, haja vista os seres carecerem do sol quanto da chuva, ora se a chuva faz a semente germinar e crescer e nesse paralelo indissociável que está incluso o ser humano dentro do mesmo contexto.
Por ironia do destino, talvez, está o nordeste, e , conseqüentemente, o belo ou triste sertão no denominado tinhoso Polígono da seca. Esse sertão tão dependente do inverno e das trovoadas, parece está voltando ao primitivismo com invernos fracassados deixando o sertanejo mais pobre, porque as chuvas caídas sequer deixaram água para encher os tanques e barragens e muito menos, gerou uma lavoura de subsistência, enchendo a barriga do agricultor sertanejo, se o inverno de 2019, deu adeus ao sertão, fez muito bem, pois não deixou saudades, porém um lastro de miséria e pobreza com recursos investidos no preparo do solo, plantio, cuja semente não nasceu, e aquele que fez, veio a feneceu por falta de chuva, porque esta não veio em tempo hábil.
Quando se sabe que as parcas ajudas do governo são incertas, não correspondendo as expectativas dos agricultores, enquanto a cana de açúcar da zona da mata teve um aumento com uma safra promissor, isto já se prever no início da moagem e a safra de feijão e milho? Estas foram sucumbidas pela seca fazendo com que o sertanejo se torne mais pobre. As famílias vão ver chegar o fim do ano sem condições de comprarem as indumentárias para as festas, porque a safra não houve, e a chuva trás tudo e o sol tudo mata dentro de sua inclemência.
Foi, contudo, um inverno pífio e amargo, deixando o sertanejo sem melhores condições de sobrevivência. O milho do sertão amarelou a palha inviabilizando para a silagem, e o feijão nem florou, raro é o agricultou que este ano tirou um “pungá” de feijão e a palha do milho num deu um cigarro, pois a seca acabou o inverno e não parou os caminhões pipa, se pararam por alguns dias foi devido ao atraso de pagamento do governo aos pipeiros, que transportam água para os pontos distantes do sertão.
Das coisas que Deus fez, a água foi a primeira, porque ele já sabia de sua importância para os seres, como elemento primordial a vida. Enquanto na zona da mata esbanja dinheiro nas ações e na fuligem das usina gerando divisas para o estado como mola propulsora do progresso, alavancando riquezas, o resto do sertão amarga os resquícios de secas implacáveis em séries, com pequenos hiatos, não fosse, pois, as magras ajudas do governo, a situação mais aguçada. Ver-se as famílias montadas numa mísera e magra aposentadoria que não chega a um mil reais, que não fase as mínimas necessidades para um agricultor possuir a aposentadoria que lhe é muito pequena para toda a família, este é o Brasil de Bolsonário, e tem um ex presidente na cadeia analfabeto, mas recebeu uma goifa da UNEAL de Arapiraca.
No sertão está um grande contingente populacional capaz de decidir uma eleição majoritária, que para 2020 esse fato vai se repetir e o povo está calado para falar na hora certa, dizer se que numa eleição os candidatos devem se preocupar com àqueles que estão calados, porque o silêncio fala pela ação.
Comentários