Antonio Machado
O desejo de preservação da cultura foi sempre um ideário dos homens de todos os tempos, porque alguém já disse que a palavra escrita é o corpo e a palavra falada é da alma, então imbuídos destes pensamentos salutares, os homens foram criando órgãos que viessem aglutinar as obras dos historiadores, escritores, poetas e prosadores, dando-lhes regras normativas que o tempo denominou de academias, numa homenagem a Academus da Grécia Antiga, dono dos belos jardins, onde Platão ministrava suas aulas ao sabor do tempo. E num passeio histórico pelas avenidas do tempo, encontramos a primeira Academia da história criada por Academus no ano de 387, a.C, com sua morte, coube sucedê-lo Xenócrates que dividiu a linha do tempo em dois pontos, ficando Arcésilas com a nova academia. Nesse diapasão, as academias foram surgindo mundo afora, e em 1.635, o Cardeal Duque Richelieu, francês, êmulo do rei da França, Luiz XIII, criou a Academia Francesa de Letras, inspirado nos moldes lusitanos, em 1759, o El-Rei D. João VI, criou no Rio de janeiro a Academia de Belas Artes, enquanto que no dia 20 de julho de 1897, o escritor romancista, Joaquim Maria Machado de Assis, no Rio de Janeiro, instituiu a Academia Brasileira de Letras, a ABL, tornando-se seu primeiro Presidente, cuja instituição já é mais centenário, como órgão preservador da cultura e do vernáculo nacional. Nas Alagoas, terra de intelectuais, a primeira casa oficial da cultura foi o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas IHGAl. Fundado em 02 de dezembro de 1869, há mais de cem anos, tendo como primeiro presidente Dr. Silvério Fernandes de Araújo Jorge, o IHGAL, continua ativo como guardião da história de Alagoas, “quem não registra o presente, amanhã, não conhecerá seu passado” (Colly Flores). No tocante a cultura, encontramos a fundação da Academia Alagoana de Letras, datada de 1º de novembro de 1919, sendo o profº. Moreira e Silva, seu 1º presidente, e no dia 11 de agosto de 1955, foi instituída a Academia Maceioense de Letras, sendo seu 1º presidente o jornalista Augusto Vaz Filho, enquanto no interior do Estado a primeira Academia de Letras criada foi a Academia Penedesse de Letras no dia 16 de setembro de 1963, tendo sido cidadão Carlos Santa Rita, seu 1º presidente, em Arapiraca, celeiro de escritores, por iniciativa deste modesto articulista, foi criada a Academia Arapiraquense de Letras e Artes ACALA, no dia 14 de junho de 1987, sendo o profº. Oliveiros Nunes Barbosa, o 1º presidente, nessa caminhada gloriosa das letras encontramos a instituição da Academia Alagoana de Medicina, SOBRAMES, fundada no dia 18 de outubro de 1977, sendo o 1º presidente Dr. Milton Hênio Neto de Gouveia, posteriormente veio a criação da Academia Palmeirense de Letras Ciências e Artes ALPACA, no dia 21 de junho de 2000, tendo com 1º presidente, o Pe. Antonio Melo Mota, depois foi fundado a Academia de Letras e Artes de Magistratura no dia 21 de julho de 2001, tendo como 1º presidente o Dr. Juiz Emanoel Fay Mata da Fonseca e finalmente foi instituída a Academia Alagoana de Cultura no dia 10 de julho de 2003, sendo o Dr. Arnaldo Camelo o 1º presidente.
Diante de todos esses aspectos de fatos relevantes, os presidentes dessas academias, resolveram realizar um encontro, numa espécie de congraçamento. O ideal desse evento cultural das Academias de Letras do Estado teve lugar em Arapiraca, visando um melhor entrosamento entre àquelas casas de cultura do Estado, foi um momento também de confraternização onde os acadêmicos se conhecendo melhor, figuras de destaque das letras lá estiveram, a exemplo da cronista, Dra. Lisete Lyra, Dr. José Medeiros, colunista Romeu Loureiro, desembargador Juarez Marques Luz, Dr. Judá Fernandes Lima, jornalista Bezerra Neto além de outros expoentes da literatura alagoana.
Comentários