À convite do escritor Robério Magalhães membro efetivo e ativo da Academia Santanense de Letras, Ciências e Artes, participei de uma movimentada noite de autógrafos, quando o escritor apaixonado, Robério Magalhães, lançou numa só cajadada dois romances de sua lavra, sendo um intitulada Histórias de amor e o outro com o nome de Tudo começou na sala de aula.
Registre-se de permeio, que o primeiro consta de XV capítulos enquanto a segunda obra, apenas, IV. Ambos são empreguinados de um amor platônico, cuja tônica perpassa com grande densidade a profundidade entre os personagens da histórias marcados e assinalados azas, com essa adjetivo tão abstrato quanto presente, que parece materializar-se, o amor, é lindo, diz a letra de uma música de nosso tempo.
Tanto é assim que o escritor Marcello Fausto, homens das letras santanense, convidado que foi para prefaciar a obra, que ora comento, apelou para o vate Fernando Pessoa, que escreveu: “Amo como ama o coração. Não conheço outra razão para senão o amor. Que queres que te diga, além do que te amo se o que quero dizer-te é que te amo?”.
Ora, prezado leitor, se o amor arraigado em toda história dos dois livros de Magalhães, fundamenta muito bem o cognome de Magalhães, o escritor apaixonado, às portas dos quarenta anos de existência, os amores fugazes que lhe cruzaram a vida não deram sustentáculos a um amor perfeito, diz-se que: “quem muito abraça, pouco aperta”. Robério teve muito amores, mas não teve amor, esta tem sido sua maneira de viver no peregrinar na vida dos mortais. Pois na vida a fora, descobriu, pois, Robério Magalhães, a vocação para a Literatura entremeada de poesia,dois robes de sua existência, trouxe por índole as características indígenas dos Índios Fulni-ô de têz morena e cabelos lisos, formando um tipo musculoso bonachão, feitor de amizades com todos, constituindo-se querido em sua terra. Seus livros prendem o leitor pela maneira que o autor descreve a temática fictícia avançando e recuando na caminhada da história.
Sabe-se que cada escritor possui seu estilo e assim escreve. Dado ao lado artístico do escritor, Magalhães está também incursionando pelo campo musical, mormente, as músicas de cunho protestante, atualmente chamado de gospel, quando do lançamento de suas obras, deu uma demonstração cabal dessa arte, arrancando aplausos de muitas pessoas, notadamente, dos seguidores da religião do escritor-cantor. A poesia está também na sua vida, via de regra, escreve e lança alguns livros em poesia, entretanto a prosa é seu forte.
Os livros contêm trechos engraçados e até hilários fortes, a exemplo da redundância do capítulo V, às páginas 28, quando diz: “Quando estavam sem nenhuma peça de roupa, completamente nús...” é talvez, o tempero da história. A narrativa do enredo é deveras, surpreendente, quando o autor se esconde no texto literário deixando que falem os próprios personagens, cabendo-lhes toda responsabilidade da obra, ao nosso ver, constitui-se a mais interessante.
Continue, Magalhães, certamente, você tem muita coisa para oferecer no campo literário, o tempo como senhor da história, aperfeiçoa os bons, e azar dos ruins, como é bom escrever com as tintas da natureza e o lápis de cedro, extraído do dom que Deus nos deu.
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