DIA DO HISTORIADOR

Antonio Machado

A história vai se fazendo com os fatos e feitos dos homens, certamente ela nasceu com o homem. Os historiadores vão escrevendo no dia a dia os fatos e os transformando em história, ora hilariantes, ora jocosas, e até tristes também, no passado predominavam a tragédia e a comédia, porém a vida dinâmica atual tomou novas dimensões, que muitas vezes se tornam incompreensíveis, o imortal Marquês de Maricá escreveu que a história é a biografia da espécie humana. Os registros do passado traduzem a história para o presente, trazendo-nos os mais remotos capítulos dos povos antigos desde o relato das cavernas, as conhecidas inscrições rupestres emolduradas nas pedras como registro, que as intempéries dos anos não apagaram, revelando-nos o modo de vida do homem paleolítico, não fosse a ousadia do francês Champollion, não se conhecia a história real dos egípcios e outros povos do passado, dizem que Heródoto é o pai da história devido os seus valiosos escritos que deixou como contribuição inequívoca, para a humanidade de todos os tempos, é pois, a história uma grande ciência que revela sabiamente o passado ao presente. O folclore brasileiro nas suas múltiplas manifestações culturais fazem parte da história, como o reisado, o pagode traçado, o baião, o xaxado, a zabumba, toada, guerreiro, taieira, violeiros, taipa de casa, vaquejada, pega de boi no mato, cavalgada, sentinelas, coco de roda, novenas, bumba meu boi, e tantas outras manifestações emanadas do povo da crença popular, tudo é descrito com muito talento pelos historiadores, que muitas vezes, não possuem uma formação acadêmica, mas é detentor de um talento invejável, todavia, escritores como Borges Hermida, Joaquim Nabuco, Jaime de Altavilla, Jackson Figueiredo, Douglas Aprato, Divaldo Suruagy, Dr. Ivan Barros, Solange Lages, Félix Lima Junior, Dr. Tobias Medeiros, Dr. José Medeiros, Zezito Guedes, e tantos outros que emolduram o cenário dos historiadores, que fazem da pena e do talento seus melhores escritos. Vendo e sentindo o valor do historiador, o Senador Cristovam Buarque, conseguiu instituir com seus lídimos pares o dia do historiador, ficando o dia 19 de agosto dedicado a este guardião da cultura, o dia do historiador, cuja magna data foi uma homenagem ao grande historiador e tribuno Joaquim Nabuco, nascido no dia 19 de agosto de 1849 e grande abolicionista, homem que soube engrandecer seu tempo com seu saber. Ficou, portanto, o dia 19 de agosto dedicado ao historiador, por força da Lei número 12130 de 17 de dezembro de 2009, foi deveras uma homenagem justa e bem merecida à aqueles que de várias maneiras empregam seus talentos em registrarem o presente para à posteridade o trabalho e a luta gloriosa dos homens de cada tempo para que a história não se perca na voragem do tempo nem nas brumas dos anos, quando é registrada pelos historiadores. Miguel de Cervantes, escritor espanhol, escreveu: “a história é o êmulo do tempo, repositária dos fatos, testemunha do passado, aviso do presente, advertência do porvir”. É o historiador que vai aquilatando as ideias juntando e escrevendo a história. Ao longo de 35 anos, lecionei essa bela disciplina, desde o curso fundamental a faculdade, porque a história sempre me fascinou e acabei criando meus próprios conceitos, a exemplo deste: “a história é como a saudade, liga o passado ao presente”. Concluo este artigo com um escrito do poeta Colly Flores, que assim escreveu: “dos fatos e feitos dos homens, nasce a história, que uma vez preservada, pereniza-se no tempo, como um registro do passado na perspectiva do futuro, um elo unindo duas épocas na vanguarda da cultura do homem e do tempo. É a história se fazendo pelos historiadores”.

Comentários