Cronista é aquele que sabe sintetizar uma grande história, num pequeno espaço de jornal. Alagoas teve no passado, grandes cronistas a exemplo de Paulo de Castro Silveira, Medeiros Netto, Ruthe Paiva, Cely Loureiro, José Medeiros, Félix Lima Júnior, Guiomar Alcides de Castro e tantos outros que se imortalizaram no tempo e se prenizaram na história dos homens.
Normalmente, os cronistas viram escritores, dada a facilidade aliada ao talento de escreverem a vida da sociedade. Atualmente, muitos crônistas permeiam as páginas dos jornais das Alagoas, como Alarí Romariz, Jair Pimentel, Olívia Cássia e até um bispo alagoano, Dom Henrique, constituiu-se grande e bom cronista e tantos outros que desfilam diariamente nas páginas dos jornais no estado, cada um com seu estilo, abordando os mais variados assuntos.
Habituei-me, pois, a ler as crônicas contudentes e bem fudamentadas da cronista Alarí Romariz, essa jovem senhora que se não cursou a universidade de jornalismo, a vida lhe deu o diploma. Há algum tempo, cara jornalista Alarí não lia suas crônicas tão bem feitas, todavia lendo o jornal Extra um dos melhores semanários que atualmente circula na Província, voltei a lhe encontrar ao lado de outro ícone da crônica, José Lisboa Martins e numa de suas cronicas, a senhora citava o lançamento de seu livro "A velhinha das Alagoas", aprecei-me em adquirir a obra, pois tinha certeza que se tratava de um valioso trabalho literário, o li de uma sentada dada a minha avidez por seus excelentes trabalhos escritos. Trata-se de uma coletânea de cronicas escolhidas adredamente, constituindo-se um livro pequeno, porém grande em conteúdo, mas faltou a bela crônica "menino tinhoso", uma pérola literária,. No próximo trabalho inclua, pois tenho certeza que a ilustre crônista, que orgulha Alagoas, já planeja outro livro, quero estar presente na noite de autográfos para lhe conhecer e parabenizar. Certamente, seu livro provocou certo impacto na sociedade, só não gostei do título por que a velhinha das Alagoas? Quando a senhora orgulha a todos nós com seus escritos, sua sabedoria, seu domínio no assunto que se propõe escrever e o faz com grande desenvoltura, sem arrodeios para dizer o que se deve dizer, mormente em defesa de uma classe, pois a senhora está bem jovem para se autodeterminar de "velhinha" ao lado de seus familiares que lhe tem como verdadeiro ícone exemplo de esposa, mãe e amiga, notadamente daqueles que fazem parte de seu convívio. Colly Flores escreveu: "a velhice não existe para quem sabe envelhecer", a senhora nunca envelhecerá, como sentenciava Olavo Bilac "envelheçamos como as árvores, dando sombra e frutos". A senhora, Alarí, faz jus as sábias palavras que Clarice Lispector que escreveu: "enquanto não houver respostas para as perguntas dos homens, continuarei escrevendo".
Continue, cara cronista, seu estilo é bonito, seus escritos merecem aplausos, suas crônicas alertam àqueles que se locupleteiam do suor alheio para refrescar suas manssões pois o Extra ganhou mais um leitor por suas crônicas, sou, Alarí, também crônista do jornal Tribuna Independente, compartilho pois, com seus trabalhos tão bem estruturados, que às vezes maculam o pensar de determinadas pessoas que possuem domínio de mando, e querem subir na vida pisando os outros, a senhora com seus trabalhos literários, alerta a sociedade para esses desmandos, pois o Brasil de hoje não é o de antanho, carece, todos de vós e vez, esta tem sido sua luta histórica e brava ao longo de sua vida, parabéns Alarí.
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