A PALMA FORRAGEIRA

Antonio Machado

Antonio Machado
O Nordeste é uma região com um bloco geograficamente de nove estados, integrados ao polígono das secas, criou-se a Sudene como sustentáculo da região que ao longo de quarenta anos prestou relevantes serviços aos nordestinos, porém os desgovernos, acabaram com esse órgão, tentaram renová-lo, mas ainda não assumiu os status dantes. Em sendo uma região seca, plantas e vegetações tem que serem resistentes as secas, caso contrário morrem dada a escassez de água. Os criadores tem ao longo da história se ressentidos dessa situação tão agravante. No primeiro quartel do século XX, o pioneiro Delmiro Gouveia (1863-1917) trouxe do México na América Central, algumas mudas de palma da família dos cactos em vista daquele região ser parecida no clima com o Nordeste, cujas mudas se adaptaram com facilidade no Brasil, mormente na região nordestina, de forma tal que todos estados da região cultiva a palma forrageira como alimento básico do gado. Aqui no sertão de Alagoas essa planta, adaptou-se muito bem e tem sido ao longo das grandes estiagens, a saída dos criadores de gado, os chamados fazendeiros, grandes produtores de leite da Bacia Leiteira do Estado. Mas nas secas periódicas até a palma sofre as conseqüências, mesmo possuindo um grande teor de água, não resiste as grandes estiagem, tornando-se imprestável para o consumo do gado. Nesse meio foram criados os silos, que, historicamente, surgiram antes de Cristo. Teem sido os silos a grande salvação dos agricultores que armazenam o milho verde e ele conservam seu teor de nutrientes que o gado gosta, e na falta da palma forrageira o milho triturado faz as suas vezes.
A palma forrageira além das secas periódicas e a escassez de adubo na terra, a palma não cresce, ficando suas plantas ou raquetes magras, esmirradas, mesmo com uma nova técnica de plantação, a adensada, não vem dando bons resultados, e também a praga da cochonilha do carmim, vem nos últimos anos acabando com os grandes plantios de palma, assustando os fazendeiros e pequenos produtores. Foi quando a Secretaria da Agricultura e desenvolvimento agrário – Seagri começou a pesquisar o caso em tela, a praga da cochonilha, inseto sugador da folha da palma, deixando-a amarela e imprestável para o consumo. A estação experimental de pesquisa de Santana do Ipanema, conforme o pesquisador Fernando Gomes e sua equipe com apoio da Embrapa e Banco do Nordeste vêem juntos prestando um excelente trabalho em cima deste assunto. Animei-me quando li que três novas espécies de palma forrageira estão sendo colocando ao alcance dos criadores, são espécies mais resistentes as secas, é isto realmente que precisa que se faça criasse plantas adaptadas a região, possibilitando assim melhor proveito para a população. Os três novos tipos dessa palma são: Alagoas, Miúda e Mexicana, dizem os pesquisadores que essas novas exemplares são mais resistes tanto as estiagens prolongadas e as pragas.
O assunto da palma forrageiro é por demais importantes, conheço de perto a Cochonilha do Carmin, fui dos primeiros no sertão a escrever sobre essa praga, quando ela estava iniciando, senti seu avanço e o prejuízo que iria cansar aos agricultores, notadamente da região sertaneja, por ser a mais desassistida, porém acredito que os órgão competentes poderão envidar meios de inibir mais o crescimento dessa praga na palma forrageira, os fazendeiros e criadores estão assustados antes o avanço da Cochonilha, haja vista os muitos inseticidas usados no combata a praga, não terem sido suficientes para combatê-la, somente espécimes de palmas mais resistentes, poderá ser a solução devida.

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